Eles voltaram, com o rumor da chuva aquecem as mãos.
Aos lábios de pouca idade volta o sorriso extraviado.
A verdade é que nunca soube o nome dessa flor
que nalguns olhos abre logo de madrugada.
Agora para saber é tarde.
O que sei é que mesmo no sono
há um rumor que não dorme,
um jeito da luz pousar, um rasto de lágrima acesa
É sobre o meu corpo que chove.
Eugénio de Andrade, in Branco no branco
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