Mostrar mensagens com a etiqueta Golgona Anghel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Golgona Anghel. Mostrar todas as mensagens

08 novembro, 2014

Prémios P.E.N. Clube






Os Prémios P.E.N. Clube distinguiram sete obras em quatro categorias. 

Na  área de Ensaio, o historiador Diogo Ramada Curto venceu com a obra “O que é a História”. 


Na área de Poesia, os vencedores foram Gastão Cruz, com o título “Fogo”, e Golgona Anghel, com o livro “Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho”, ambos editados pela Assírio & Alvim. Constituíram o júri, nesta categoria, João David Pinto-Correia, Fernando Martinho e Pedro Eiras.

Ana Luísa Amaral, com “Ara”, obra editada pela Sextante, e Bruno Vieira Amaral, com o romance  “As Primeiras Coisas”, editado pela Quetzal, venceram ex-aequo na categoria Narrativa. O júri desta categoria foi formado por Teresa Salema, Vítor Viçoso e Filipa Melo.

Também na categoria Primeira Obra, o Prémio é partilhado por dois autores, João Pedro Cachopo, pelo “Ensaio sobre o Pensamento Estético de Adorno”, publicado pela editora Vendaval, e Rosa Oliveira, pela obra “Cinza”, publicada pela Tinta-da-China. Os membros dos três júris das outras categorias, foram os jurados desta.

O P.E.N. (Poetas, Ensaístas, Novelistas) Clube foi constituído legalmente em Portugal em 1979, fazendo parte do P.E.N Club Internacional, que é a maior e a mais antiga organização de escritores do mundo, criada em 1921, por autores ingleses. O primeiro presidente da organização foi John Galsworthy, Prémio Nobel da Literatura em 1932.


in observador.pt



07 maio, 2013

Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho de Golgona Anghel





«Pouco depois da publicação do seu último livro de poesia, «Vim Porque me Pagavam», António Guerreiro escrevia no Expresso: «Diabólica e requintada, a poesia de Golgonha Anghel é uma máquina implacável de irrisão e uma festa da linguagem. […] Irrompe como um objeto intempestivo e sem igual na poesia portuguesa. […] Por aqui desfila a prosa do mundo, mas é sempre de viés que ela se apresenta, como que de passagem, já que o poema parece deslocar-se sempre noutra direção e apontar para outro lado. Não numa direção determinada nem para um lado preciso, mas num deslizar contínuo pelas palavras e pelas referências, sem se deter. E este movimento é estonteante, lúdico, faz de cada poema uma festa.»
O livro que agora se publica vem confirmar tudo o que foi dito, por vezes de modo surpreendente, e demonstrar a maturidade poética de Golgona Anghel, uma das vozes mais originais e consequentes da nova poesia portuguesa»
 
 
in Diário Digital
 
 
 
Golgona Anghel licenciou-se em Estudos Portugueses e Espanhóis na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde, também já  conclui o doutoramento em Literatura Portuguesa Contemporânea. Desde 2009, desenvolve a actividade de investigação no âmbito de um projecto de pós-doutoramento, na FCSH-UNL. Publicou vários livros de ensaio:
 . Eis-me acordado muito tempo depois de mim, uma biografia de Al Berto (Quasi Edições, 2006).
. Cronos decide morrer, viva Aiôn, Leituras do tempo em Al Berto (Língua Morta, 2013). 
. Edição diplomática dos Diários do poeta Al Berto (Assírio & Alvim, 2012).
.  Crematório Sentimental (Quasi Edições, 2007).
. Como Desaparecer (Diputación de Málaga, 2011).
.  Vim Porque me Pagavam (Mariposa Azual, 2011). 
. Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho.
 

24 outubro, 2012

Diários de Al Berto

Amanhã , nas livrarias um novo livro de Al Berto com edição e apresentação de Golgona Anghel
Sinopse
Embora não haja uma organização definida pelo autor, nem indicações quanto à edição dos diários, Al Berto alimentava o corpo dos cadernos com notas e esboços, acreditando, por vezes, que esse devir-obra da sua própria vida pudesse ganhar uma dimensão diferente, uma outra "força", "outra leitura" se ponderasse a sua publicação. Decidimos agora, de acordo com a vontade dos herdeiros legais e, ao mesmo tempo, fazendo eco do desejo de Al Berto, tornar públicos estes documentos privados. Nestes Diários sobressai o registo diário de algo que servia para um uso pessoal e íntimo. Estamos perante um corpus que se expõe a si mesmo, que se dá no ritmo efervescente da criação mas também na sua fragilidade, na dúvida.
Índice:

Prefácio "Caminhos nocturnos, incertas travessias"       .....  9
Critérios de edição                                                           ..... 21

Diário 1982                                                                      ..... 25
Diário 1984                                                                      . ... 54
Diário 1985                                                                      . ... 201
Diário 1991                                                                      . ... 311                                            
Diário 1994                                                                      . ... 399
Diário 1996 - 1997                                                           . ... 469
Diário 1995 -1997                                                            . ... 529




Quarta. 8 maio 91 / Lx.

(...)
Todos os dias se torna mais difícil encontrar um sentido para a vida.
(...)
um grande desespero isto tudo, este país, esta cidade, esta gente. e, apesar de tudo, amo este país, sou louco por Lisboa (...) mas faltam heróis, faltam pessoas com carisma - falta gente que saiba dizer e viver enormidades. é tudo demasiado mesquinho, muito comadres de cá para lá, pequenino. (...) Volta Camilo! E não esqueças a bengala! há que zurzir de novo...zurzir. (p. 396)



Informação retirada da página Wook.pt


24 fevereiro, 2012

Um poema de Golgona Anghel

 
                                                                  Edward Hopper


Vim porque me pagavam,
e eu queria comprar o futuro a prestações.

Vim porque me falaram de apanhar cerejas
ou de armas de destruição em massa.
Mas só encontrei cucos e mexericos de feira,
metralhadoras de plástico, coelhinhos de Páscoa e pulseiras
de lata.

A bordo, alguém falou de justiça
(não, não era o Marx).
A bordo, falavam também de liberdade.
Quanto mais morríamos,
mais liberdade tínhamos para matar.
Matava porque estavas perto,
porque os outros ficaram na esquina do supermercado
a falar, a debater o assunto.

Com estas mãos levantei a poeira
com que agora cubro os nossos corpos.

Com estas pernas subi dez andares
para assim te poder olhar de frente.

Alguém se atreve ainda a falar de posteridade?
Eu só penso em como regressar a casa;
e que bonito me fica a esperança
enquanto apresento em directo
a autópsia da minha glória.


Golgona Anghel, in Vim Porque Me Pagavam
 (Lisboa, Mariposa Azul, 2011)

04 janeiro, 2012

"Al Berto - O último habitante de Sines" no DIÁRIO CÂMARA CLARA

O Diário Câmara Clara, pela voz da jornalista Inês Fonseca Santos destaca a exposição patente no CCEN, em Sines, dedicada a   "Al Berto poeta de Sines, homem do mundo - O último habitante". Neste diário apresenta ainda Golgona Anghel,  escritora  que se tem dedicado ao estudo da obra de  Al Berto e que recentemente publicou um livro de poesia.