OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐
Neste espaço pretende-se divulgar actividades culturais/educativas/lúdicas ou simplesmente participar, partilhar opiniões, viajar...
OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐
Claude Monet | Impression, Soleil levant (Impressão, nascer do sol) | 1872
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
No dia-a-dia presente
As palavras fluem no caderno branco
Os sorrisos vivem esbranquiçados
As flores perfumam os caminhos
Pequenos gestos serenam meu peito
A magia da confiança germina lentamente.
Mudam-se os tempos, mudam-se as afinidades
Na distância instalada
A tinta escasseia na página branca
Os dias acompanham os contornos da lua
Os silêncios atormentam o cansaço
O mar salpica memórias
A saudade esbate-se implacavelmente.
Nos tempos mudados
Permanece a ausência
Os dias longos, tristes
de escuridão
Procuro pequenos gestos
de cumplicidade
Moro na página branca
da incompreensão
A melancolia habita-me.
GR
Music Publisher: Copyright Control Composer: José Afonso
É sempre com enorme prazer que revisito Mafra.
Trata-se de um passeio cultural muito enriquecedor e com novas estórias. Acompanhados de um guia, visitámos a Basília, sempre deslumbrante; o palácio com as mesmas salas mas estórias diferentes e a maravilhosa e riquíssima biblioteca. Almoçámos rapidamente e assistimos à peça de teatro Memorial do Convento, pela companhia Éter.
Enquanto esperámos pelo segundo grupo, degustámos tranquilamente uns fradinhos numa esplanada e ainda tivemos tempo para conhecer o centro da localidade e descobrimos uma boutique vintage, Terra Viva.
Cumprimento todos os presentes.
Quero agradecer o convite formulado
pela Ana Zorrinho para estar ao seu lado nesta iniciativa de partilhar palavras
poéticas.
Quero congratular a Liliana Rodrigues
e os elementos da sua equipa por nos proporcionarem este momento e este espaço
maravilhoso. É tão bom falar de poesia num ambiente de fotografias de mulheres
com livros.
É um prazer enorme assinalar o Dia Internacional da Mulher partilhando convosco as palavras escritas e ditas pela Ana Zorrinho. Ela sabe que é verdade.
Este dia, 8 de março de 2024, é
duplamente importante porque celebramos os 50 anos do dia “em que emergimos da
noite e do silêncio” como o imortalizou Sophia de Mello Breyner no seu poema 25
de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
e porque estamos a dois dias de exercer um acto cívico e democrático (direito conquistado pelas mulheres).
Acabámos de ouvir publicamente uma jovem, a Catarina, a tocar violino e uma mulher a ler a poesia que escreveu. Em 1943, no boletim mensal da Mocidade Portuguesa Feminina, publicava-se o seguinte texto (apud A Boneca Despida, Paulo M. Morais)
"Queridas raparigas! Sede boas, sensatas, alegres, dedicadas, esquecidas de vós mesmas e sereis mulheres superiores, sem pretender rivalizar em tolas superioridades com os homens, o que nada vos engrandece, antes diminui! Cada um deve ocupar o seu lugar - aquele que a Providência lhe marcou. E o vosso, como rainhas do lar, é o mais belo."
com Sandra Hüller, Swann Arlaud, Milo Machado-Graner
Foto GR