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08 setembro, 2025

Onda Literária | 5, 6 e 7 Setembro 2025



A 3.ª Edição da Onda Literária promovida pelo Centro de Artes de Sines e Biblioteca Municipal ofereceu-nos um programa de luxo.Foram três dias intensos de iniciativas e de partilha de livros, leituras, conversas, fotografias, sorrisos, gargalhadas e abraços.
Adorei cada momento.
Descobri novos autores, confirmei valores certos da nossa literatura.
Este ano, tive o privilégio de moderar dois encontros com escritores que integram a minha lista de autores de leitura imperdível (tinha escrito obrigatória, mas alterei porque o pessoal detesta o que é obrigatório 😉)
A primeira moderação foi com Isabel Rio Novo e Paulo M. Morais e a segunda com Ondjaki. Dois momentos distintos, mas ambos enriquecedores e convincentes quanto à qualidade da obra que publicam.
Fiquei muito mais rica com as aprendizagens adquiridas e feliz com os momentos vividos.
O tempo ora quente, ora frescote, ora ainda chuvoso veio acrescentar alguma imprevisibilidade ao evento.
Apenas um lamento. Constatei, mais uma vez, que em Sines, um excelente Festival Literário não enche recintos. Valeu-nos a presença de um gato atento e curioso para colmatar um pouco esse vazio.
Até pró ano!









15 julho, 2025

Encontro Regional de Bibliotecas Escolares



Nos dias 10 e 11 de Julho de 2025, em Évora, decorreu o Encontro Regional, subordinado ao tema “Legados de Engenho, Arte e Pedagogia”, colaboração entre o CFAE Beatriz Serpa Branco e as Bibliotecas Escolares do Alentejo. As sessões plenárias tiveram lugar no auditório da DGEstE e os workshops no Agrupamento de Escolas André de Gouveia.


Foram dois dias plenos de aprendizagens, partilhas e convívio.
Na abertura do encontro Jorge Serafim brilhou e animou o pessoal ainda entorpecido.
O programa seguiu o seu curso com uma homenagem a Beatriz Serpa Branco e com a apresentação de Boas Práticas de várias bibliotecas escolares do Alentejo (nos dois dias realizaram-se três sessões plenárias). São momentos enriquecedores e que evidenciam o que de bom se pratica nas nossas bibliotecas escolares.
Os dois momentos previstos de workshops simultâneos oferecem-nos possibilidades de aprendizagem, algumas fora da nossa zona de conforto, de contacto com outras artes, de partilha de saberes, de sorrisos e boa disposição. Gostei de descobrir a “Ciência em Camões” com o Mário e o Alexis, do Centro de Ciência Viva de Estremoz e adorei conhecer a actriz Cátia Terrinca que, sabia e assertivamente, nos envolveu nas “Palavras para lá do papel” . Trabalhámos a desconstrução da palavra, da escrita, da poesia; criámos sons com sentido; inventámos onomatopeias; percebemos o poder da palavra escrita, dita, ouvida, compreendemos a importância do silêncio, do saber escutar.

Nestes dois dias, fomos ainda brindados com duas conferências magníficas. A primeira, dita pelo Professor Carlos Reis – “Legados de um ‘épico d’outrora’: figurações camonianas”; a segunda, pelo Dr. Pacheco Pereira – “Engenho, arte e saber ao serviço das bibliotecas”.
Dois oradores cultos e inteligentes que nos concedem conhecimentos válidos e nos incitam à reflexão.

O encerramento do encontro contou com uma tertúlia sob o tema “Legados de Engenho, Arte e Pedagogia”. Cinco convidados, entre os quais o Professor Carlos Reis, moderados pela Doutora Zélia Parreira, Directora da Biblioteca Pública de Évora, discorreram sobre o assunto. Foi um momento empolgante com opiniões controversas de um dos palestrantes.
Entusiasmei-me com o rumo da conversa, com os argumentos dos restantes convidados e sobretudo com a arte e engenho do Professor Carlos Reis. Terminámos maravilhosamente. 

Após a conclusão dos trabalhos agendados para o primeiro dia, um grupo de amigas bibliotecárias do Alentejo Litoral, deambulou pelas ruas de Évora e refastelou-se numa esplanada para conversar, gargalhar, degustar uns saborosos petiscos e beber uma generosa sangria. Apesar do vento frio que se impôs ao anoitecer, fomos felizes.

Foram dois dias maravilhosos. Eu, no papel de aposentada, desfrutei serenamente de tudo.
Até pró ano, se ainda me aceitarem.




25 março, 2025

Dias emotivos e solarengos

 



Há dias em que a vida nos bafeja com abraços, sorrisos, carinho, miminhos. Podia ter resumido tudo com a palavra afectos, mas não era a mesma coisa. 

Hoje, foi um dia desses. Emotivo e solarengo! Mais um! Sou uma sortuda!
Ora vejam se não tenho razão!
Em mais um, dos muitos, encontros das professoras bibliotecárias do Alentejo Litoral, fomos principescamente recebidas pela Senhora Diretora e pela nossa colega Paula Gomes, anfitriãs da Escola Profissional de Desenvolvimento Agrícola de Grândola. Na visita à biblioteca requalificada ouvimos poemas lidos pelos alunos e, na sala de trabalho, os mesmos alunos e seus professores presentearam-nos com um buffet vistoso e apetitoso. Estão de parabéns!

Após uma manhã de trabalho (confesso que desta vez não registei nada) sempre enriquecedora e muito bem orientada pela nossa querida coordenadora Lucinda Simões, fui surpreendida , ou talvez não porque conheço muito bem este grupo maravilhoso, mas, como dizia, fui surpreendida pelas palavras gratificantes, carinhosas e emotivas das minhas (ex)colegas de labuta livrólica e pelos miminhos encantadores que me ofereceram. Conhecem-me muito bem. De mim, receberam em troca abraços (não chorei, contive-me) e um pequeno caderno com uma singela mensagem, mas muito sentida. Elas sabem que sim.
Depois destas emoções e dos respectivos registos fotográficos para memória futura, continuámos a celebração da minha saída, não despedida, do grupo de trabalho, no restaurante "Villa Mariscos". A boa disposição foi crescendo à medida que o repasto avançava. Até tive direito a um poema dedicado e lido pela minha amiga Fátima Nunes. Adorei. 

Só um aparte: se não conhecem, convido-vos a degustar o arroz de lingueirão ou as migas.
Para finalizar o dia, não podia faltar a já habitual visita cultural e, assim, fomos visitar o Núcleo Museológico Grândola Vila Morena. Pequeno mas muito interessante. Não percam quando forem almoçar ao tal restaurante que vos indiquei.

Partilho algumas fotos que confirmam a minha narrativa (palavra em moda) e que evidenciam o dia maravilhoso que vivi, vivemos.
Sou eternamente grata às minhas queridas colegas com quem tenho partilhado momentos inesquecíveis de aprendizagem, convívio e carinho.
Alda, Ana, Antónia, Bina, Catarina, Deolinda, Fátima, Lucinda, Maria José, Mariana, Noélia, Rosa, Rosinda, Rute estão no meu coração. Sabem disso!!! 





18 fevereiro, 2025

Dias simples e emotivos


Hoje, fui à minha escola para assistir à segunda fase do Concurso de Leituras na Planície.
Contudo, o teor desta minha mensagem é outro como podem constatar pelas fotos.
Fui agradavelmente surpreendida pelo carinho de um grupo de alunos que representam a associação de estudantes da escola. É bom quando o trabalho de uma vida é reconhecido, mas quando o é pelos alunos ficamos, ainda, mais emocionados e eternamente gratos. Vim de braços e coração cheios.



          

         



14 fevereiro, 2025

Dia de São Valentim

No ano em que se celebram os 500 anos do aniversário de Luís Vaz de Camões, só podia assinalar esta data com um poema do poeta maior da Língua Portuguesa. 


Verdes são os campos 

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.


Luís de Camões


08 fevereiro, 2025

Emoções

Mais um dia de emoções. Desta vez fui surpreendida pelas funcionárias da minha escola. Sou-lhes grata, a todas. Não vou mencionar ninguém porque sabem quem são e também sabem que as guardarei sempre no meu coração. 






01 fevereiro, 2025

Sei para onde vou ...

 


Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam” (Saramago) e, assim, hoje, é o primeiro dia do resto da minha vida.

Foram 44 anos letivos de dedicação à Escola Pública (42 anos, 5 meses, 27 dias para efeitos de aposentação, já que deduziram os dias dos horários incompletos e das colocações tardias, mas esqueceram-se de adicionar as horas extraordinárias – as efectivas e as outras) e prolongaram   até ao limite do prazo (3 meses) a análise do processo (trabalhei mais dois meses para além da data prevista).

Sempre quis ser professora. Sempre amei a minha profissão. Confesso que nem sempre foi fácil, mas no balanço final guardo sobretudo as conquistas.
Chegou o tempo de dar o meu lugar a outro/a professor/a. Ninguém é eterno. Ninguém é insubstituível. O governo, numa tentativa de colmatar o problema de falta de professores, ainda, acenou com a possibilidade de continuar e em troca “oferecia-me” até 750€. Porém, este mesmo governo esqueceu-se de que também eu tive, durante cerca de seis anos a carreira congelada. Os meus colegas vão ter, e muito bem, a recuperação desse tempo, mas quem se encontra, como eu, no topo da carreira, não recebe nada em compensação. Repito, NADA. Por isso, é mais do que evidente que não continuarei no activo, não aceitarei “a esmola” dos 750€. Gostaria de ser reconhecida pelo trabalho que desenvolvi e compensada pelo tempo TODO que trabalhei. Há formas de o fazer (redução no tempo para aposentação, compensação monetária, aumento do vencimento, …), basta querer, basta haver vontade e criatividade políticas.

Ao longo destes anos “vivi” em várias escolas, pelo país. Uma, lembrarei para sempre como a minha “segunda casa”. Nela cresci, amadureci e me apaixonei pelo meu/nosso poeta, Al Berto.

Leccionei várias disciplinas/áreas disciplinares (francês, técnicas de tradução de francês, português, área de projecto, estudo acompanhado, educação cívica e LLED) e desempenhei muitas funções e vários cargos. Uns mais fáceis, outros bem menos, uns mais divertidos, outros nem tanto, mas desempenhei-os sempre com sentido de responsabilidade e muito empenho. Errei como todo o ser humano, mas dei sempre o meu melhor.

Ao longo destes anos conheci, lidei e convivi com muitas, muitas pessoas: alunos, professores, técnicos especializados, assistentes técnicos, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação, entre outras de diversas instituições, profissões, parcerias…

No meu coração guardo muitas, muitas mesmo, que não citarei, como compreenderão. Nesta minha travessia houve, e ainda há, pessoas maravilhosas com quem aprendi, diariamente; com quem partilhei conhecimentos, ensinamentos, gargalhadas, sorrisos, tristezas, desabafos, abraços, fotografias, livros, leituras, muitas leituras, …; com quem continuarei a aprender e a partilhar…

A TODAS o meu ENORME agradecimento e carinho.
Saberei manter vivas as boas memórias. As outras, já as abandonei pelo caminho.

Até breve… vou continuar por aí… ao contrário de José Régio, sei por onde vou…

A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou…
Não sei para onde vou,
Não sei para onde vou
—Sei que não vou por aí! (Régio)

GR


25 outubro, 2024

F(o)lio 2024 | Festival Literário de Óbidos | Inquietação

 


18, 19 e 20 de Outubro de 2024. Três dias de Inquietação. Três dias de mergulho literário em boa companhia. 
Conversas feitas de palavras... de inquietação... de questionamento... Medo... Luto... Filosofia... Arte.... Humor... de sorrisos... de aplausos... de abraços...  de descobertas... Encontros...
Conversas feitas de música... de histórias contadas e cantadas com chapéus...
Convívio feito de brindes... degustação... chocalate...  palavras... sorrisos... abraços...
Autógrafos... Fotografias... Exposições... Ilustrações... Cartoons... Ecomercado... Tapetes... Beleza... 

Livrarias. Muitas livrarias. Livros. Muitos livros. Palavras leves, belas, pesadas... Muitas palavras...


  

. Madalena Sá Fernandes

. Mónica Ojeda
. Isabel Lucas

. José Luís Peixoto

. Max Potter
. Tiago Ferro
. José Mário Silva

. Orquestra Juvenil da SMRO 
. Inês Fouto

. António Castro Caeiro
. Valério Romão

. Sérgio Godinho
. Luís Afonso
. Cláudia Marques Santos

:Rui Couceiro
. Rafael Gallo

. Luisa Sobral
. Paula Cusati

. José Eduardo Agualusa
. Marta Lança
. Isabel Lucas

. Mia Couto
. Zeferino Coelho

. Juan gabriel Vásquez
. Karina Sainz Borgo
. Luís Ricardo Duarte

. Alberto Manguel
. Irene Vallejo
. António Costa Santos

. Melanie Russo 

. André Carrilho
. João Fazenda
.Pedro Piedade Marques









03 setembro, 2024

Budapeste

Budapeste, a capital da Hungria, é dividida pelo rio Danúbio é uma cidade bonita e rica em termos arquitectónicos. É agradável passear nas largas avenidas e descobrir os edifícios da época imperial,  portadas e varandas art nouveau, algumas lojas antigas, monumentos majestosos, parques e pontes. Destaco a ponte Széchenyi Lánchíd que liga o Monte de Buda à margem plana de Peste.













26 agosto, 2024

Tertúlia com Rodrigo Guedes de Carvalho sobre o livro As Cinco Mães de Serafim

 

Foto Centro de Artes | Município de Sines


Um momento de tertúlia para falar de livros é sempre agradável. Mas quando contamos com a presença do escritor, torna-se bem mais interessante e enriquecedor. Perceber o porquê daquele enredo e das personagens, ouvir falar do processo criativo eleva-nos a outro patamar no entendimento da obra.

Foi muito bom. è importante que se dê continuidade a este tipo de iniciativas que promovem a leitura e a partilha de opiniões.

A minha opinião sobre o livro está publicada mais abaixo. Aceder aqui



25 agosto, 2024

Espectáculo RUGE

 

                                 Foto Centro de Artes | Município de Sines (divulgação)

                   

Poemas e canções pelas vozes de Rodrigo Guedes Carvalho e Daniela Onís e  música de Ruben Alves. Auditório Centro de Artes de Sines, 24 agosto 2024, 22 horas. 

Mais de hora e meia de um espectáculo bem concebido, inteligente, emotivo e oportuno que nos convoca a sentir as palavras ditas e cantadas com raiva, paixão, ironia e sentido de humor e  nos convida a reflectir e a RUGIR.


                                   Foto de Dina Rito - Centro de Artes | Município de Sines 


03 agosto, 2024

Mar sonoro, Sophia de Mello Breyner Andresen

 

                                                      


Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que suponho
Seres um milagre criado só para mim.


Sophia de Mello Breyner Andresen

30 julho, 2024

Haiku | escrita criativa

 





𝘌𝘮 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘳
𝘗𝘢𝘳𝘵𝘪𝘭𝘩𝘢 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰𝘴, 𝘴𝘰𝘳𝘳𝘪𝘴𝘰𝘴
𝘕𝘰 𝘢𝘻𝘶𝘭 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘯𝘴𝘰




25 julho, 2024

𝓪𝓼 𝓬𝓪𝓼𝓪𝓼 das Bibliotecárias

 

       
 


Ontem, dia 24 de julho,
   𝘌𝘮 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘳
  𝘗𝘢𝘳𝘵𝘪𝘭𝘩𝘢 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰𝘴, 𝘴𝘰𝘳𝘳𝘪𝘴𝘰𝘴
  𝘕𝘰 𝘢𝘻𝘶𝘭 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘯𝘴𝘰
coube-me a mim receber a equipa interconcelhia das bibliotecas escolares do Alentejo Litoral que acolheu duas novas colegas. Como era o último encontro deste ano letivo preparei um desafio disfarçado de miminho. Inspirei-me em dois livros maravilhosos - 𝓐𝓼 𝓖𝓪𝓵𝓸𝓬𝓱𝓪𝓼 𝓥𝓮𝓻𝓶𝓮𝓵𝓱𝓪𝓼, de Pedro Seromenho e 𝓪𝓼 𝓬𝓪𝓼𝓪𝓼 𝓭𝓪𝓼 𝓬𝓸𝓲𝓼𝓪𝓼, de João Pedro Mésseder, ambos ilustrados magistralmente por Rachel Caiano.

O encontro iniciou com a visita à exposição Thalassa! Thalassa! O Mar e o Mediterrâneo na obra de Sophia patente no piso -1 no Centro de Artes de Sines.
Depois, subimos ao piso 2 e descobrimos 𝓪 𝓬𝓪𝓼𝓪 da hora do conto, espaço lindo e convidativo, onde a nossa (sim, a nossa... vá! de todos) Cristina Fernandes encanta, com as suas leituras, as crianças de Sines. (Bem hajam Cristina e Liliana Rodrigues

Aí, e antes da ordem de trabalhos, convidei as colegas a descobrir 𝓪 𝓬𝓪𝓼𝓪 de papel que lhes ofereci. Um origami poético com desenhos e palavras que continha o tal desafio disfarçado de miminho, ou seja, uma tarefa de escrita criativa (sou mesmo chata, não sou! onde já se viu atribuir uma tarefa de férias!) Prometo divulgar em setembro/outubro o resultado.
De seguida, inspirada pelo espaço encantador e também imbuída no espírito das músicas do mundo, a nossa colega Fátima Nunes partilhou a leitura do último capítulo do livro Í𝒏𝒅𝒊𝒂, 𝒂 𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒅𝒐 𝑴𝒂𝒓.

Depois destes momentos criativos, e enquanto degustávamos umas deliciosas cerejas e uvas, a nossa coordenadora Lucinda Simoes divulgou algumas informações pertinentes e as prioridades para as bibliotecas escolares para o ano letivo 2024/2025. Não as vou divulgar aqui, mas deslumbramos já muito Engenho e Arte.

No final, por entre trocas de souvenirs, de discursos, de abraços, de sorrisos, de uma ou outra lagrimazita, despedimo-nos da colega Rosa S B Martins que finda as suas funções como bibliotecária escolar.

Pelas12h15 mudámos de 𝓬𝓪𝓼𝓪 e dirigimo-nos para outra, A Palmeira (nome sugestivo que nos faz sonhar com as férias já bem merecidas). Foi um bom repasto! Tempo para degustar, conversar, lembrar histórias divertidas de roupa esquecida, de personagens desencontradas ... e sorrir e gargalhar.

A tarde terminou para algumas em reuniões (trabalho oblige) e para outras em passeio pelas ruas movimentadas e festivas em modo FMM.
Despeço-me até setembro! Desejo-vos boas leituras e umas boas férias se possível com galochas vermelhas.
 
Nota: a tarefa de férias consiste em escolher 𝓐 𝓬𝓪𝓼𝓪 ... e dar uma definição poética. Eu escolhi as galochas, como é óbvio.

𝓐 𝓬𝓪𝓼𝓪 𝓭𝓪𝓼 𝓰𝓪𝓵𝓸𝓬𝓱𝓪𝓼
𝘈𝘣𝘳𝘪𝘨𝘢 𝘰𝘴 𝘱é𝘴 𝘥𝘢 𝘤𝘩𝘶𝘷𝘢 𝘦 𝘢𝘥𝘰𝘳𝘢 𝘴𝘢𝘭𝘵𝘪𝘵𝘢𝘳 𝘯𝘢𝘴 𝘱𝘰ç𝘢𝘴 𝘥𝘦 á𝘨𝘶𝘢.
𝘘𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘷𝘦𝘳𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘴, 𝘴ã𝘰 𝘤𝘰𝘳 𝘥𝘰 𝘢𝘮𝘰𝘳.

GR

07 julho, 2024

Encontro Regional Ler, escrever e contar a LIBERDADE | 4 e 5 Junho | Évora



“Lembra-me um sonho lindo,…”diz a canção do Fausto. Também eu poderia iniciar assim o meu balanço dos dois dias do Encontro passados na bela e quente cidade alentejana.

Mas não foi um sonho! Foi concreto, foi vivido, foi sentido! Por isso, adapto o verso e inicio com “lembra-me um encontro lindo,…”, um Encontro de aprendizagem, de partilha de boas práticas, de livros, de escrita, de poesia, de contos e recontos, mas também de descoberta de arte, património, gastronomia, de encontros, de conversas, de abraços, de emoções, de LIBERDADE!

Neste Encontro, no auditório da DGEsTE, visionei pequenos vídeos fabulosos que versavam, de variadíssimas formas, sobre Abril, sobre a Liberdade, … elaborados por alunos das nossas escolas.

Neste Encontro, assisti a uma esclarecida e cativante “aula” de História proferida por Fernando Rosas, que para além de nos apresentar factos da Revolução dos cravos, lembrou-me (nos), que no “entardecer sombrio” que toda a Europa vive presentemente, é importante “recorrer à leitura, ao livro, para semear a liberdade”. Obviamente, que como leitora, continuarei a lançar sementes para que a liberdade perdure, inteira e limpa.

Neste Encontro, na Escola Secundária André de Gouveia, participei activamente no Workshop “Escritas em forma de Abril”, dinamizado pelo escritor João Pedro Mésseder. Foram três horas de deslumbramento pelas palavras ditas, lidas e escritas, pelas ilustrações, pelos livros e pelas partilhas. Foram três horas de palavras claras, leves, anoitecidas, livres, musicais, … em forma de Abril.
O calor cortou-me a inspiração, mas não a liberdade de escrever, pelo que partilho o haicai que criei:

Que nunca esqueças
a clara madrugada
de abril pintada


  

Ao entardecer, na companhia bem disposta e amiga de mais seis companheiros de luta, entenda-se, de bibliotecas escolares, deambulámos pelas ruas à descoberta do património, da gastronomia (que belo repasto!) e de uma temperatura abaixo dos 39.º. 

No dia seguinte, regressámos à escola secundária, e voltei a maravilhar-me, desta vez, pelas palavras e ilustrações do multifacetado Pedro Seromenho no Workshop “ O livro e a liberdade”. Tal uma criança ávida de sonhos, deixei-me conduzir pelas histórias poeticamente narradas e apreciei as ilustrações e desenhos revelados/criados. Foi um despertar de memórias, de emoções!

        

        




À tarde, assisti, de novo, à partilha de boas práticas das escolas alentejanas e ouvi João Couvaneiro que nos presenteou com uma conferência interessante sobre Educar para a Liberdade em tempos de Inteligência Artificial. Retive algumas ideias importantes e sugestões de ferramentas. Cito duas frases referidas que considero pertinentes e com as quais também concordo e que se adequam aos novos desafios da IA.
A primeira, “O exemplo não é a melhor forma de educar! É a única!”
A segunda, “Não é no dia em que se plantam as sementes, que se colhem as maçãs.”

E para terminar este longo texto que, provavelmente, poucos lerão, recorro à poesia, mais propriamente, a aforismos de João Pedro Mésseder (Inéditos)

“Liberdade: soubesses defini-la, mas apenas sabes dizer a falta que ela te faz.
Por cada Abril que semeias, mil Abris hás de colher.
A liberdade é um farol, talvez seja até um mar.”

Lucinda, Fátima, Rosa, Antónia, Rute, Mariana, Catarina e Rui (comparsas do Encontro), sei que sabem definir a Liberdade, pelo que resta-vos (nos) continuar a semear Abris. Agradeço-vos por terem partilhado comigo estes dois dias.
Ao João Pedro Mésseder e ao Pedro Seromenho agradeço as palavras, as ilustrações, os livros e, sobretudo, a liberdade na partilha dos vossos conhecimentos e experiências.

A todos os que directa e indirectamente contribuíram para a organização deste evento e que participaram nos diversos momentos, o meu bem-haja.

Marcamos Encontro para 2025. Muitas e boas leituras!