O grupo de leitores de Uma Casa Sem Livros esteve ontem reunido para falar de livros, de poesia, de música, de liberdade. As autoras em destaque foram Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno. Três Marias, três Mulheres que lutaram para que nós, mulheres, possamos, hoje, estar reunidas e falar livremente.
Apresentámos as nossa leituras, lemos excertos e poemas e ouvimos o poema "Segredo" cantado por Cristina Branco.
Os livros lidos pelos presentes e discutidos foram os seguintes:
As Novas Cartas Portuguesas, das três autoras;
A Desobediente - biografia de MTH, de Patrícia Reis
Minha Senhora de Mim; A Paixão Segundo Constança H.; As Luzes de Leonor, de Maria Teresa Horta;
Maina Mendes e Lucialima, de Maria Velho da Costa;
De Noite, Maria Isabel Barreno.
Hoje, dia 23, celebramos O Dia Mundial do Livro, objecto que nos faculta conhecimento; daqui a dois dias celebraremos a Liberdade que nos permite falar, ver e ouvir.
Vivemos dias conturbados, estranhos, não podemos permitir o regresso a um país triste, vestido de cobardia e hipocrisia.
O verso de Sophia ressoa, outra vez, com urgência: "Vemos, ouvimos e lemos não podemos ignorar".
Viva a Leitura. Viva a Liberdade.
Nota: hoje, no auditório durante a representação de Uma peça de teatro, ouvi a actriz clamar que "A Liberdade é a cedilha da palavra esperança!" E eu gostei porque quero acreditar que assim é.
Segredo | Maria Teresa Horta
Não contes do meu vestido que tiro pela cabeça nem que corro os cortinados para uma sombra mais espessa Deixa que feche o anel em redor do teu pescoço com as minhas longas pernas e a sombra do meu poço Não contes do meu novelo nem da roca de fiar nem o que faço com eles a fim de te ouvir gritar
Amigo Maior que o pensamento Por essa estrada amigo vem Por essa estrada amigo vem Não percas tempo que o vento É meu amigo também Não percas tempo que o vento É meu amigo também Em terras
Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também
Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram Em toda a parte todo o mundo tem
Em toda a parte todo o mundo tem Em sonhos me visitaram Traz outro amigo também
Foto Centro de Artes | Município de Sines (divulgação)
Poemas e canções pelas vozes de Rodrigo Guedes Carvalho e Daniela Onís e música de Ruben Alves. Auditório Centro de Artes de Sines, 24 agosto 2024, 22 horas.
Mais de hora e meia de um espectáculo bem concebido, inteligente, emotivo e oportuno que nos convoca a sentir as palavras ditas e cantadas com raiva, paixão, ironia e sentido de humor e nos convida a reflectir e a RUGIR.
Foto de Dina Rito - Centro de Artes | Município de Sines
Music Publisher: Copyright Control Composer: José Afonso
Traz Outro Amigo Também Zeca Afonso
Amigo Maior que o pensamento Por essa estrada amigo vem Por essa estrada amigo vem Não percas tempo que o vento É meu amigo também Não percas tempo que o vento É meu amigo também
Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também
Aqueles Aqueles que ficaram (Em toda a parte todo o mundo tem) Em sonhos me visitaram Traz outro amigo também
O cantor, compositor, poeta e escritor canadiano deixou-nos aos 82 anos. Provavelmente incompatível com Donald Trump, o 45.º presidente dos USA, onde residia. Cohen encontrava-se pronto para partir e atribuiu ao seu último álbum, o título "I'm ready, my Lord" que lançou no mês passado.
Cohen permanece imortal através das suas belíssimas melodias. Ninguém esquecerá a sua voz rouca e sensual.
Bob Dylan é o vencedor do prémio Nobel da Literatura 2016, “por ter criado novas expressões poéticas na tradição da canção americana”.
O anúncio foi feito pela Academia Sueca, em Estocolmo. “É um poeta maravilhoso”, justificou a secretária permanente Sara Danius. É a primeira vez que o Nobel é entregue a um compositor, “que pode e deve ser lido”, para além de escutado.
Em 1971, publicou um livro Tarantula e é um misto de prosa e poesia.
Encontra-se traduzido para português pela já extinta Quasi Edições.
Mas o seu livro mais popula é Crónicas: Volume 1, lançado em 2004, editado, em Portugal, pela Ulisseia
É através destas páginas que ficamos a saber que Robert Allen Zimmerman, nascido a 24 de maio de 1941, no Estado americano do Minnesota, numa América onde a segregação racial era a realidade do dia-a-dia, começou a escrever poemas com dez anos de idade. E que aprendeu sozinho a tocar piano e guitarra.
No dia 25 de julho, Rokia vai estar, de novo e pela terceira vez, presente no palco do castelo do FMM, em Sines, para apresentar o seu mais recente trabalho "Beautiful Africa".
A 10ª edição de Terras sem Sombra - Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo, tem como lema “Punctum contra Punctum. Polifonias de Machaut a Ligeti” e decorrerá em oito localidades baixo-alentejanas, aliando os concertos a acções de sensibilização para a preservação da biodiversidade.
A decorrer desde Abril,o último concerto realiza-se no dia 13 de Julho com a Camerata Bocherini e a soprano María José Moreno, na igreja matriz de Sines.
Igreja Matriz do Santíssimo Salvador, Sines
13 JULHO - 21h20
NA MÃO DE DEUS
ARNOLD SCHOENBERG, LUIGI BOCCHERINI Soprano María José Moreno Camerata Boccherini Violinos Massimo Spadano e Ludwig Durichen Violeta Luigi Mazzucato Violoncelo David Etheve Contrabaixo Tod Williamson
O CD "os poetas: entre nós e as palavras é finalmente reeditado. Há muito que se encontrava esgotado. Trata-se de um projeto de Rodrigo Leão e Gabriel Gomes com poemas de Al Berto, Mário Cesariny, Herberto Hélder, Adília Lopes, António Ramos Rosa e Luiza Neto Jorge.
O projecto "OS POETAS" surgiu de encontros entre Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Hermínio Monteiro, então editor da Assírio & Alvim, em cujo espólio existiam gravações de poetas a dizerem os próprios poemas.
O CD "Entre Nós e as Palavras", de 1997, foi o resultado de meses intensos de composição, de uma afinidade com os poetas escolhidos e da amizade entre os dois músicos.
Durante o ano de 2012, compuseram novas músicas e reformularam o espectáculo, projectando os textos e chamando o actor Miguel Borges para dizer poemas.
Sendo a palavra importantíssima, e ponto de partida para a composição - ela é o comandante deste "Navio de Espelhos" - a música não é um mero suporte, pois acaba por se fundir com os poemas. À música falada mistura-se a performance, resultando num espectáculo único e encantatório.
"Expoente de uma nova geração fadista particularmente inovadora, António Zambujo continua, com este seu quinto disco, a emancipar-se do fado na sua forma tradicional. Quer viajando por todo o universo musical lusófono, quer pelo uso de instrumentos e arranjos não habituais à música de Lisboa, quer pelo seu próprio ‘pathos’ – tão diferente do que estamos habituados a ouvir – consegue criar um registo único que arranca elogios e prémios de todos os setores, inclusive das revistas internacionais da especialidade."
A Voz Humana – o canto através dos tempos é o tema da edição, deste ano, dos Dias da Música, que tem lugar no CCB nos dias 27, 28 e 29 de Abril de 2012.
Cerca de 1400 músicos vindos de toda a Europa participam nesta sexta edição, o evento conta com 60 concertos em sete salas.
A par dos concertos, a programação integra encontros e palestas informais, espaços de venda de CD, livros e outros objectos alusivos ao Festival, oficinas de artes para os mais novos, entre outras iniciativas.
Beatriz Nunes é a nova voz dos Madredeus. "Essência" é o novo disco com que os Madredeus se preparam para festejar os seus 25 anos. São novas versões de 13 temas selecionados entre as quase duas centenas que fazem parte do repertório da banda.
À guitarra clássica de Pedro Ayres de Magalhães e aos sintetizadores de Carlos Maria Trindade, juntam-se agora as cordas de Varrecoso e de António Figueiredo e Luís Clode.O disco, a editar na próxima segunda-feira, será apresentado na digressão internacional assinalará os 25 anos dos Madredeus a partir de 16 de abril, e que irá passar por cidades como Istambul, Londres, Viena de Áustria, Colónia, Munique e Basileia.
Começa hoje o Festival “Terras sem Sombra” de Música Sacra 2012. O concerto de abertura deste evento decorre na Igreja Matriz de Sines, às 21h30, com uma obra de Rossini – a Petite Messe Solennelle. Sob a direcção de Giovanni Andreoli vão cantar em Sines a soprano María Bayo, a mezzosoprano María José Montiel, o tenor Alexandre Guerrero e o barítono Damián del Castillo. A este elenco associam-se os pianistas Marta Zabaleta e Miguel Borges Coelho e Kodo Yamagishi assume a interpretação ao harmónio. Como moldura vocal vai estar em palco o Coro do Teatro Nacional de São Carlos.
O Festival Terras Sem Sombra de Música Sacra, o mais destacado do género em Portugal, está de regresso com um cartaz transversal no campo das artes, da cultura e da biodiversidade. Fundado em 2003, este projecto cedo cativou a atenção internacional pela notoriedade do seu programa, contribuindo para trazer nova vida ao Alentejo com a força criativa e o talento luminoso de compositores, intérpretes e artistas de reconhecimento internacional. Assistir aos espectáculos e demais actividades do Festival é realizar uma itinerância, de periodicidade quinzenal, pelas Igrejas Históricas da Diocese de Beja, numa (re)visita ao coração das tradições alentejanas e às profundas ...