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21 janeiro, 2010

Ciclo Marguerite Duras


CICLO: EM TORNO DE MARGUERITE DURAS


Este ciclo de 6 filmes dá a descobrir ou redescobrir a obra escrita de Duras através do olhar de outros cineastas, por ocasião da retrospectiva integral dedicada à realizadora Marguerite Duras na Cinemateca Portuguesa (22 de Janeiro a 15 de Março) e da representação da peça "La Musica" de Duras, encenada por Solveig Nordlund, no CCB (21 a 25 de Janeiro).


Informação retirada de Agenda Câmara Clara


Consultar o programa: Instituto Franco-Português

01 junho, 2009

BORDALIANA - Exposição de Joana Vasconcelos



A Fundação PLMJ apresenta a exposição “Bordaliana”, de Joana Vasconcelos, a inaugurar no dia 28 de Maio, às 18H30. Patente até 11 de Julho, de 5ª feira a Sábado, entre as 15H00 e as 19H00, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa.


Nesta exposição reúne-se, pela primeira vez, o núcleo de trabalho que Joana Vasconcelos dedicou, nos últimos anos, às faianças artísticas Bordalo Pinheiro. [...]
Uma das imagens de marca de Joana Vasconcelos é o revestimento de objectos com peças de croché, quase sempre adquiridas em mercados de rua. Em 2005, a artista combinou esta prática com o interesse pelas faianças artísticas Bordalo Pinheiro, jóia da história cultural do nosso país e elemento fundador do imaginário nacional moderno. Assim, centrou-se nas representações de animais idealizadas por Bordalo Pinheiro, como o sapo, o sardão, o caranguejo, as cabeças de cavalo e de burro ou, até hoje nunca fabricadas, a lagosta e a vespa. Cada um tratado à sua maneira, com padrões e tons diferentes mas elaborados segundo as características formais que os distinguem, os trabalhos recriados por Joana Vasconcelos instituem-se em repositório de memórias e saberes e homenageiam um dos génios criadores que Portugal conheceu.


01 fevereiro, 2009

Câmara Clara com nova imagem

O Câmara Clara regressa hoje à RTP2 com imagem renovada. Paula Moura Pinheiro e os seus convidados, José Fernandes Fafe (poeta e ensaísta cubano) e Alexandra Barahona de Brito (investigadora em assuntos da América Latina), vão conversar sobre A Nova América Latina.

19 janeiro, 2009

Câmara Clara

O Câmara Clara volta renovado no dia 1 de Fevereiro! Sempre aos domingos, às 22h30, na RTP2 e com Paula Moura Pinheiro!

Um mês de ausência é muito tempo !!!!

17 junho, 2008

Germana Tânger e Álvaro de Campos no Câmara Clara

Domingo, dia 15, a jornalista Paula Moura Pinheiro teve como convidada Germana Tânger, uma senhora de 88 anos, amante e divulgadora da poesia dos nossos grandes poetas. Ela fê-lo com grande à vontade, pois teve o prazer de privar com alguns vultos importantes da nossa literatura, como Almada Negreiros, José Régio, Vitorino Nemésio, entre outros.
O motivo da sua presença no programa "Câmara Clara" só podia ser, óbviamente, POESIA! A Poesia de Fernando Pessoa que comemora os 120 anos do seu nascimento.
Mas o que me leva a destacar este programa, de muitos outros que a Paula Moura Pinheiro nos oferece semanalmente (lamentando que seja divulgado na RTP2 , pois merece um maior destaque pela qualidade do programa e dos seus convidados) foi a emoção da senhora ao dizer o poema que aqui deixo.
Quem ama verdadeiramente a poesia, di-la simplesmente!


Aniversário
Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.


No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.


Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o eco...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!


O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhaslágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...


No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!


Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...


Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...


in, Poesia, Álvaro de Campos
Assírio & Alvim

17 março, 2008

Bernard Pivot

Ontem, no programa Câmara Clara, da RTP2, Paula Moura Pinheiro passou uma entrevista que fez a Bernard Pivot, aquando da apresentação do seu livro Dicionário Sentimental do Vinho, editado pela casa das letras. Trata-se de um livro muito interessante para "degustar com muito prazer". Pivot considera que o vinho é cultura e escreveu-o com base nas suas memórias, nas suas leituras e nas suas degustações. "O vinho tem o poder de encher a alma de toda a verdade, do saber, da filosofia" citação de Bossuet, um exemplo dos muitos incluidos no livro.

Pequena alusão para prestar uma singela homenagem a este homem que muito fez pela cultura francesa e que acompanhei, durante uns anos, de bem perto e de há outros (muitos) para cá, à distância, mas sempre com prazer. Programas como Apostrophe, Bouillon de Culture, La dictée d'or e mais recentemente Double Je, ficam na memória de qualquer um sobretudo se serviram de motor de arranque para a paixão dos livros, da leitura, dos autores, da música, da arte ...

Há uma frase de André Gide - "Le sage est celui qui s'étonne de tout" - que o caracteriza, de certa forma, porque sempre procurou coisas novas, surpreendendo-se e surpreendendo os outros.

Coloco um video, retirado do You tube, com a música de apresentação do programa Bouillon de Culture.