Neste espaço pretende-se divulgar actividades culturais/educativas/lúdicas ou simplesmente participar, partilhar opiniões, leituras, viajar...
24 abril, 2024
01 março, 2020
20 novembro, 2018
Um poema de Al Berto
(sete textos dedicados à vila de Sines)
1976
7
a noite chega-me irrequieta de cíclicos ventos, cintilam peixes pelas paredes do quarto
durmo sobre as águas e tenho medo
encolho-me no leito estreito, no fundo dele, onde o linho já não fulgura
queda a queda, voo
não consigo dormir com esta ferida
as máquinas sussurram, trepam pelas paredes, escancaram portas, invadem a casa, ocupam os sonhos
sirenes, alarmes lancinantes, cremalheiras da noite ressoando no limite do corpo
levanto-me e saio para a rua
caminho na chuva adocicada da manhã, as pedras acendem-se por dentro,
reconhecem-me
uma voz líquida arrasta-se no interior dos meus passos, ecoa pelos recantos ainda vivos do teu corpo
em ti acostam os barcos e a sombra dos grandes navios do mundo
vive o peixe, agitam-se algas e medusas de mil desejos
em ti descansam os pássaros chegados doutras rotas
secam as redes, põe-se o sol
em ti se abandona a ressaca das ondas e o sal dos meus olhos
as árvores inclinadas, os frutos e as dunas
em ti pernoita a seiva cansada das palavras, o suco das ervas e o açúcar transparente das camarinhas
em ti cresce o precioso silêncio, as ostras doentes e as pérolas dos mares sem rumo
em ti se perdem os ventos, a solidão do mar e este demorado lamento
Al Berto
in O Medo
Assírio & Alvim
08 setembro, 2017
Filme Al Berto, de Vicente Alves do Ó
A estreia realizar-se-á no dia 5 de outubro, em Lisboa.
17 julho, 2013
Rokia Traoré no FMM
FMM SINES - 18 a 27 JULHO
11 julho, 2013
Festival Terras sem Sombra - sessão de encerramento, Sines
Igreja Matriz do Santíssimo Salvador, Sines
13 JULHO - 21h20
ARNOLD SCHOENBERG, LUIGI BOCCHERINI
Soprano María José Moreno
Camerata Boccherini
Violinos Massimo Spadano e Ludwig Durichen
Violeta Luigi Mazzucato
Violoncelo David Etheve
Contrabaixo Tod Williamson
27 março, 2013
Teatro do Mar assinalou Dia Mundial do Teatro em Sines

"Ninguém pode seguir o caminho asfaltado que leva à Felicidade Completa sem se sujeitar a este programa bem óbvio: consentir que lhe cortem a cabeça para não pensar, não ter opinião nem criar piolhos ou ideias perigosas."
in As Aventuras de João Sem Medo de José Gomes Ferreira





10 outubro, 2012
"Agnoia", novo espetáculo do Teatro do Mar
24 março, 2012
Concerto de Abertura do Festival Terras Sem Sombra - Sines
04 janeiro, 2012
"Al Berto - O último habitante de Sines" no DIÁRIO CÂMARA CLARA
04 dezembro, 2011
21 novembro, 2011
"A Travessia (da Memória)" - Teatro do Mar
18 julho, 2011
FMM 2011 - SINES
27 abril, 2011
Pedro e Inês pelo Grupo de Teatro O Bando no CAS
21 dezembro, 2010
“Filme do Desassossego” hoje, no CAS, com a presença do realizador João Botelho
17 novembro, 2010
«"Intervalo para Dançar" pelo Grupo de Teatro do IST
26 outubro, 2010
01 outubro, 2010
Res Publica - Espectáculo de Rua

Para assinalar os 100 anos da Instauração da República, o Teatro do Mar, em parceria com a Escola de Artes, produz um espectáculo de rua de grandes dimensões, com carácter multimédia, que funciona como um passeio alternativo pelo centro histórico da cidade. O público poderá percorrer aleatoriamente os diferentes espaços, de forma a construir a sua própria leitura dos acontecimentos. Todas as cenas funcionam em simultâneo e com repetição contínua das acções, de modo a permitir a distribuição do público pelas diversas estações do Res-Pública. No final, um cortejo festivo conduzirá todas as personagens e público para o castelo, onde terá lugar o desfecho do espectáculo.
No labirinto das ruas da cidade, perdem-se no esquecimento as memórias de acontecimentos que se foram sobrepondo ao longo da passagem dos dias.
Aqui, sobre a falésia, onde acaba a terra e o mar começa, um homem sozinho percebe não valer nada frente ao infinito do horizonte.
Só com a partilha de sonhos e vontades, os caminhos se foram rasgando na rocha, até esculpir esta encruzilhada de pedra e cal, onde nasceu e cresceu um povo que, de olhos postos no mar, sonhou para lá do limite das águas e chegou ao outro lado do mundo.
Muitos ali chegaram para partilhar a viagem…
Mas no caminho dos sonhos foram-se erguendo muralhas, construídas com estilhaços da pedra esculpida de magníficos templos antigos, para impor limites e dominar a vertiginosa vontade dos Homens.
Uma fortaleza de arrogância e de medo foi-se perpetuando ao longo de séculos. Até que no dia 5 de Outubro de 1910, a um sinal do telégrafo que tornara o mundo mais pequeno, chega a notícia de que na capital, o povo tinha saído à rua, feito uma revolução, e que a partir daí a Res (a coisa), que era a cidade e o mundo, seria finalmente pública, (do povo)!
28 agosto, 2010
Sines em Jazz 2010
Quinteto Sara Valente
Sara Valente, voz | João Maurílio, piano | Gonçalo Marques, trompete | Nelson Cascais, contrabaixo | Paulo Bandeira, bateria
O Quinteto Sara Valente é formado em 2006 quando Sara Valente grava o seu primeiro álbum. Seguindo a formação característica das correntes mais importantes do jazz e com um reportório baseado em autores como Horace Silver, T. Monk, Oliver Nelson, Miles e Wayne Shorter, cobre os ambientes da segunda metade do século XX da história do jazz norte-americano. Este concerto consiste na sua interpretação das linguagens destes diferentes movimentos, acrescida de algumas letras em português que foram criadas para temas originalmente instrumentais.FlaJAZZados
Alexandre Andrade, trompete | Omar Hamido, sax alto | Francisco Andrade, sax tenor | Pedro Gil, guitarra | Marco Martins, baixo | Sónia Cabrita, bateria | Zé Eduardo, piano e direcção | Vítor Reia-Baptista, MC
FlaJAZZados situa-se estilisticamente no jazz que vai do pós-bop até ao experimentalismo actual através de um repertório maioritariamente original. flaJAZZados é um ensemble virado ao estudo e à investigação musical, onde se tenta potenciar o lado criativo dos seus membros dentro de um contexto livre, mas coerente. A inclusão de textos e um narrador dá ao espectáculo momentos com contornos inesperados. O grupo surgiu e mantém-se por via da residência artística da Associação Grémio das Músicas IV, realizada em Agosto de 2009 na cidade de Faro.
Foto (c) Carlos Pinto
27 DE AGOSTO (SEXTA)
Joana Rios
Joana Rios, voz | Filipe Raposo, fender rhodes e piano | António Quintino, contrabaixo | Alexandre Frazão, bateria e percussões
Joana Rios é uma cantora e compositora portuguesa de referência da nova geração, com três discos editados, o último dos quais “3 desejos”, lançado em Setembro de 2009. Nascida em 1976, em Lisboa, a sua carreira iniciou-se aos 17 anos, começando por cantar standards e bossas. Posteriormente, foi aluna na Academia de Amadores de Música, Conservatório e Hot Clube, onde leccionou até ao final do ano lectivo 2007/2008, tendo tomado a decisão de se dedicar totalmente à sua carreira de cantora. João Gobern, na revista Máxima, considerou Joana Rios, uma das melhores vozes nacionais.TGB
Alexandre Frazão, bateria | Sérgio Carolino, tuba | Mário Delgado, guitarra
TGB é o nome de um trio que surgiu por indução de Alexandre Frazão, como aposta numa formação inusual em termos instrumentais, quer pelo tipo da combinação dos mesmos quer pelo lugar móvel que estes ocupam na pirâmide tímbrica. O som TGB move-se num terreno próximo de formações clássicas inusitadas da história do jazz e da música improvisada. O repertório viaja pelo próprio “sketch book” dos três músicos, bem como por compositores pragmáticos ou Picassianos (Monk, Dolphy, Powell), cujo relevo melódico rítmico é tão abrangente que permite as mais audaciosas inversões instrumentais.
28 DE AGOSTO (SÁBADO)
Nelson Cascais «Guruka»
Nelson Cascais, contrabaixo | Pedro Moreira, saxofone | André Fernandes, guitarra | Joäo Paulo Esteves da Silva, piano | Marcos Cavaleiro, bateria
Nelson Cascais é hoje um dos nomes mais sonantes no cenário do jazz português. Além de contrabaixista dotado de um som extremamente individual e de um apurado sentido de interacção, Nelson Cascais é um dos mais distintos compositores do jazz contemporâneo, qualidade à qual se junta a capacidade de, enquanto líder, fazer aflorar as mais importantes virtudes dos seus companheiros de grupo. "Guruka", o seu novo disco, é considerado um dos melhores trabalhos portugueses de jazz dos últimos anos.BaBa Mongol
Zé Pedro Coelho, saxofone soprano e tenor | Rui Teixeira, saxofone barítono e clarinete baixo | Hugo Raro Andrade, piano | Filipe Teixeira, contrabaixo | António Torres Pinto, bateria
Um grupo de músicos com diferentes percursos unidos pela vontade de partilhar a experiência da criação musical. Juntaram-se em 2001 com o objectivo de integrar tradição e actualidade num colectivo de base jazzística que se propõe interpretar composições originais. Os BaBa Mongol pretendem assim cozinhar sonoridades distintas numa agradável receita contemporânea.