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09 agosto, 2024

𝑶 𝑫𝒊á𝒓𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝒏𝒏𝒆 𝑭𝒓𝒂𝒏𝒌 - 𝑫𝒊á𝒓𝒊𝒐 𝑮𝒓á𝒇𝒊𝒄𝒐, de Ari Folman e David Polonski

 

Autor/argumentista: Ari Folman
Ilustrador: David Polonski
Título: O Diário de Anne Frank - Diário Gráfico
N.º de páginas: 155
Editora: Porto Editora
Edição: Setembro 2017
Classificação: Diário Gráfico
N.º de Registo: (BE)


OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐



70 anos depois de ser publicado O Diário de Anne Frank, eis que surge (2017) uma adaptação em diário gráfico pelas mãos do argumentista Ari Folman e do ilustrador David Polonski.

Esta adaptação, fiel ao original, ilustra os dois longos anos (Junho de 1942 a Agosto de 1944) que oito pessoas, entre as quais Anne Frank, viveram escondidas num anexo, em Amesterdão.
Os autores atribuíram uma especial ênfase às emoções vividas e sentidas no confinamento, não podemos esquecer o quanto é difícil partilhar um espaço reduzido e (sobre)viver com uma alimentação restrita e com regras rígidas estabelecidas. Para retratar as tensões e os conflitos que iam surgindo, os autores recorreram ao sentido de humor e ao sarcasmo de Anne Frank. Há, nesse sentido, ilustrações maravilhosas.

Para mim, os melhores momentos são as entradas de Anne Frank no seu diário – Kitty. Nele, ela confia os seus pensamentos mais íntimos, os seus ensejos e receios bem como alguns projectos para o futuro. A sua última entrada ocorreu a 1 de Agosto de 1944, três dias antes de o grupo ser descoberto pelos nazis. É uma entrada longa, reveladora do seu cansaço, do seu desalento por ser incompreendida pelos familiares. Na “conversa” que mantém com a sua querida Kitty ela tenta entender “o feixe de contradições” com as quais se debate. É-lhe difícil estar dividida em duas e não manter sempre a mesma postura.

O Diário de Anne Frank é uma obra marcante e importante que testemunha factos verídicos sobre a perseguição e o extermínio de uma raça, neste período negro da História do século XX que é a Segunda Guerra Mundial.
Eu continuo a preferir o livro, mas esta adaptação gráfica merece ser lida pela qualidade das ilustrações e da adaptação textual que culminam numa obra emocionante.
Independentemente da opção que tomarem, não deixem de o ler e de incentivar outros à sua leitura. É importante manter viva a memória. Não é admissível que a história se repita.


02 dezembro, 2018

Contos de Anne Frank





Durante a ocupação da Holanda pelos nazis, Anne Frank e a sua família foram obrigados a esconder-se num “anexo secreto”. Aí, Anne escreveu o seu famoso Diário e alguns textos que incluem esta obra. 

O livro está dividido em três partes e contém contos, fábulas, recordações, memórias e pequenos ensaios. Tratam-se sobretudo de histórias fictícias, mas também de factos reais (há textos que falam da guerra). Nos seus textos Anne Frank revela muita sensibilidade, rebeldia, inteligência e um amor absoluto pela natureza e pela vida. 

“O sol pôs-se e Krista está deitada na relva, com as mãos cruzadas debaixo da cabeça a olhar para o céu. Este é o seu quarto de hora mais querido e ninguém precisa de pensar que a pequena florista trabalhadora está descontente. Nunca está e nunca estará desde que a deixem ter, todos os dias, este pequeno descanso maravilhoso. 
No campo, no meio das flores, sob o céu cada vez mais escuro, Krista está satisfeita. O cansaço, o mercado e as pessoas, tudo isso desapareceu. A rapariguinha sonha e pensa apenas na delícia de ter, cada dia, a sós com Deus e a natureza.” (pp. 45 e 46) 

Agradeço ao aluno que me falou neste livro e que gentilmente mo emprestou. 

Recomendo muito este pequeno livro pleno de ternura e de bondade.