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21 março, 2024

Dia Mundial da Poesia

 


Obra de Graça Morais





O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente…
Cala: parece esquecer…

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P’ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…

Fernando Pessoa



01 fevereiro, 2013

"Os desastres da guerra" de Graça Morais


Exposição Graça Morais
Série Sombras do Medo 2012 Pastel e carvão sobre papel 111,3 x 75,8cm
 
 
1 Fevereiro 2013 a 14 Abril 2013
 
Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, Lisboa
Entrada: 4€ (Domingo grátis para menores de 14 anos)

 
Em “Os Desastres da Guerra”, a pintora Graça Morais mostra os seus retratos da crise que Portugal está a viver. A exposição apresenta cerca de 40 pinturas e desenhos e é comissariada por João Pinharanda.
 
 
Exposição Graça Morais 
A Caminhada do Medo IV, 2011
                              pastel e carvão sobre papel                                     
150 x 111 cm
Col. Graça Morais


Exposição Graça Morais

Série A Caminhada do Medo I, 2011
carvão e pastel sobre papel
114 x 200 cm
Col. particular
 
 

12 novembro, 2012

Mapas e o Espírito da Oliveira - Graça Morais


Data:10 de Novembro 2012 a 06 de Janeiro 2013
Promotor:Câmara Municipal de Bragança | Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Local:Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
 
 
 
"(...)A composição é livre, esbatem-se lógicas ao ponto de misturar universos e espaços temporais muito distintos. Simultaneamente as suas linhas de desenho deixam uma forte impressão de independência em relação ao suporte, isto é, como se fossem inteiramente autónomas e não precisassem da tela para existirem. Na maioria dos trabalhos domina a sobreposição de imagens, mas é também comum a ausência do limite dos desenhos, isto como se tivessem sido abruptamente interrompidos ou suprimidos a um todo, como se tivessem uma continuidade para além dos limites da tela, desafiando o espectador a continuá-los ou a conclui-los.
Numa reinvenção das formas, Graça Morais associa simultaneamente no mesmo plano referentes reais a figuras do fantástico, justapõe planos, faz alusões à mitologia grega ou a cenas medievais, originando o reencontro da ancestralidade com a atualidade, do real tradicional com o fantástico erudito."
 
Comissariado: Jorge da Costa

in CACGM






10 dezembro, 2011

Graça Morais vence Prémio de Artes Casino da Póvoa 2011

Graça_Morais




A artista plástica Graça Morais venceu a edição deste ano do Prémio de Artes Casino da Póvoa com o quadro "Série 2011: A Caminhada do Medo, 2011", informou o casino, através de comunicado.

Além de atribuir um prémio monetário no valor de 30 mil euros, o casino vai adquirir a obra premiada e publicar uma monografia sobre a artista.

Este galardão visa "distinguir e homenagear a obra de uma mulher que, ao longo do tempo, construiu uma carreira que a consagra como uma das maiores pintoras contemporâneas", justificou o casino, no comunicado.

Para o júri do Prémio de Artes Casino da Póvoa, constituído por Dionísio Pereira Vinagre, Vasco Esteves Fraga e Amândio Secca Secca, a atribuição do Prémio de Artes Casino da Póvoa 2011 à pintora Graça Morais visa distinguir e homenagear a obra de uma artista que ao longo do tempo construiu uma carreira que a consagra como uma das maiores pintoras contemporâneas.



“Na obra de Graça Morais as mulheres são a terra, a razão e a origem do mundo. A sua aldeia, à qual sempre regressa, dá-lhe as memórias e as vivências para construir esse mundo de um imaginário de hábitos e costumes que povoam a sua existência, entre o sagrado e o profano, entre o amor e a morte, entre o animal e o humano”, assinala o júri do prémio.

07 novembro, 2011

Exposição de Graça Morais na Cooperativa Árvore, Porto



A pintora Graça Morais tem patente  a exposição “2011: A Caminhada do Medo”, na Árvore – Cooperativa de Atividades Artísticas, no Porto, até 20 de novembro. As pinturas e desenhos refletem os sentimentos da autora em relação às notícias da crise que são transmitidas diariamente pelos órgãos de comunicação social.

12 fevereiro, 2010

EXPOSIÇÃO: A PROCISSÃO - DESENHO, PINTURA E FOTOGRAFIA 1999-2000


Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança
12 de Fevereiro a 30 de Março
3ª a domingo, 10h-12h30m e 14h-18h30m


A religiosidade foi sempre um tema muito presente na obra de Graça Morais. Depois da Idade do Ouro, uma série de 1991 constituída por um conjunto de retratos de meninas figurantes, projectados a partir de fortíssimos tons de azul e laranja, Graça Morais retoma a temática na série Procissão, ponto de partida para a exposição que agora se apresenta.

informação mais completa: aqui

08 novembro, 2009

Graça Morais expõe na Galeria Ratton




A Pintora Graça Morais regressa à Galeria Ratton, em Lisboa, com a exposição “A Máscara e o Tempo” em que expõe 42 trabalhos de 2009, pintura e desenho sobre papel.
A inauguração realizar-se-á dia 11, às 22h.

Estes trabalhos são fruto de uma reflexão “em que a artista se distancia voluntariamente da sua obra para se colocar na posição do observador atento, interpelando a sua inteligência sensível, os seus valores éticos, reflexo de uma identidade própria ligada a uma geografia de afectos que percorre a sua vida e se espelha nas pinturas e desenhos aqui apresentados."

A mostra vai estar patente até ao final de Janeiro de 2010.

16 junho, 2009

Como acordar sem sofrimento?

(Quadro de Graça Morais)

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.

Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?

Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?

Ninguém responde, a vida é pétrea.

Carlos Drummond de Andrade