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16 maio, 2021

𝑶𝒔 𝑽𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒐𝒔 𝑶𝒖𝒕𝒓𝒐𝒔, de José Eduardo Agualusa

 



Autor: José Eduardo Agualusa
Título: Os Vivos e os Outros
N.º de páginas: 252
Editora: Quetzal
Edição: 1.ª- Abril 2020
Classificação: Romance
N.º de Registo: (3238)


OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐

Em Os Vivos e os Outros, explora-se a literatura e o seu papel na vida dos escritores e dos leitores. Na Ilha de Moçambique, lugar paradisíaco, decorre, durante sete dias, um festival literário que reúne escritores africanos.

Nos sete capítulos, correspondentes aos sete dias do encontro, são narrados os vários acontecimentos relacionados com o festival, mas também com o isolamento provocado pela falta de comunicação (telefone e internet) consequência de uma violenta tempestade no continente. No final do primeiro dia/capítulo, o narrador informa que algo vai acontecer:
“É assim que tudo começa: a noite rasgando-se num enorme clarão, e a ilha separando-se do mundo. Um tempo terminando, um outro começando”. (p.31)

Assim, temos uma narrativa sobre pessoas confinadas num determinado tempo, num lugar maravilhoso onde vão acontecer coisas fabulosas relacionadas com as obras de alguns escritores e as suas personagens. O enredo vai desenvolver-se numa fusão da realidade com a ficção e com o maravilhoso, traço recorrente em vários livros do autor. “Somos nós quem constrói os mundos! – grita Moira – Somos nós! Os mundos germinam dentro da nossa cabeça, e crescem até não caberem mais, e então soltam-se e ganham raízes. A realidade é isso, é o que acontece à ficção quando acreditamos nela!” (p. 180)
É neste aspecto que se destaca a escrita de Agualusa, a sua mestria na fusão de um mundo imaginário com o real. Ao longo da narrativa construída à volta das percepções dos vários escritores e das conversas sobre literatura, escrita, história e cultura da ilha e sobre a identidade de um continente, surgem dúvidas, angústias, mas também reencontros, sonhos e momentos de criatividade.
Fica clara a crítica à sociedade, ao mundo literário. Há uma necessidade urgente de mudança, um desejo de uma sociedade melhor, do nascimento de um novo mundo.
Ao ler este livro não podemos deixar de assinalar a coincidência da ficção escrita por Agualusa e a realidade vivida no mundo actual. O próprio livro, antes de ser publicado, ficou confinado à espera da reabertura das livrarias. Surge como uma escrita visionária que representa o medo que se apoderou das pessoas, mas também a oportunidade de desfrutar das coisas simples.
“ Uli pede silêncio. Fala para todos, como se se dirigisse a cada um, com a mesma voz macia que usa , reza a lenda, para hipnotizar elefantes, explicando que aquela é uma situação extraordinária e que depressa se resolverá (...), aproveitem para ler e para escrever, ou apenas para conversar uns com os outros, como eu mesmo tenho feito, cercado de escritores que admiro há tantos anos e de amigos que vejo menos vezes do que gostaria. Acorrentados aos deveres do dia a dia, estamos sempre a queixar-nos de que nos falta tempo para as coisas simples da vida. Pois bem, agora temos tempo.” (p. 177)

Será que, tal como no livro, vamos sair deste confinamento com a ideia de que teremos um novo mundo, um mundo melhor? Ou não passa de uma utopia?


31 dezembro, 2019

O Terrorista Elegante, de Mia Couto e José Eduardo Agualusa



OPINIÃO

Um livro maravilhoso, bem-disposto e que me fez rir. Não esperava outra coisa. Assim que soube que Mia Couto e José Eduardo Agualusa tinham escrito este livro juntos, pensei "vai ser genial" e não me enganei. Não podia escolher um melhor livro para terminar o ano.
Recomendo vivamente!

13 outubro, 2013

José Eduardo Agualusa vence prémio Fernando Namora





O último romance do escritor angolano José Eduardo Agualusa, Teoria Geral do Esquecimento, é o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora. O júri salienta que “esta obra engrandece o apurado estilo literário da ficção do autor”.
 
A narrativa do livro de José Eduardo Agualusa centra-se em Luanda, começando nas vésperas da proclamação da independência (11 de Novembro de 1975), quando uma portuguesa decide erguer um muro para se separar do edifício onde mora, acabando por sobreviver isolada durante cerca de 30 anos.
 
Nos finalistas, para além de Agualusa estavam os escritores Afonso Cruz (Jesus Cristo Bebia Cerveja), Ana Cristina Silva (O Rei do Monte Brasil), Julieta Monginho (Metade Maior) e Rui Nunes (Barro).
 

14 junho, 2013

José Eduardo Agualusa vence prémio Manuel António Pina



O livro "A rainha dos estapafúrdios" valeu ao escritor angolano José Eduardo Agualusa o prémio Manuel António Pina, criado este ano para distinguir obras da literatura para a infância e juventude, revelou hoje o júri à agência Lusa.
 
Com ilustrações de Danuta Wojciechowska, editado em 2012 pela D. Quixote, o livro narra as aventuras da perdigota Ana, uma pequena perdiz cinzenta que, à procura de uma plumagem mais colorida, cai num arco-íris e que, depois de muitas peripécias, se transforma na rainha da savana.
 
O júri foi consensual em atribuir o prémio desta primeira edição a "A rainha dos estapafúrdios", por ser a obra que reuniu todos os requisitos do galardão, criado em honra de Manuel António Pina, disse Adélia Carvalho, um dos elementos do júri.
 
 
 
in SOL

22 setembro, 2011

Barroco Tropical de José Eduardo Agualusa nomeado para o prémio Courrier International


O romance "Barroco Tropical", de José Eduardo Agualusa, está nomeado para o Prémio Courrier International de melhor livro estrangeiro, divulgou hoje a editora do escritor angolano.

Esta nomeação surge em vésperas de José Eduardo Agualusa editar um novo romance, "A Educação Sentimental dos Pássaros", cuja sessão de apresentação está marcada para dia 30 de setembro, às 18:30, na livraria Leya na Barata, em Lisboa, à avenida de Roma.

O Prémio Courrier International, criado em 2008, distingue um romance estrangeiro editado em França nos últimos 12 meses que testemunhe "a condição humana numa qualquer região do mundo", informa as Publicações D. Quixote.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/literatura-barroco-tropical-de-agualusa-nomeado-para-o-premio-courrier-international=f675682#ixzz1YiQJ6Okj

03 junho, 2010

Agora que só se fala de futebol...

"Também o futebol deixou de acreditar em prodígios. Agora só importa a técnica. Ora, a técnica não é outra coisa senão o biquini no corpo pulsante da moça. O prodígio é aquilo que o biquini esconde."

José Eduardo Agualusa, in crónica "Nelson Rodrigues, Papa, samba e futebol" da revista Ler, Junho 2010.

21 julho, 2009

Mia Couto e José Eduardo Agualusa em Sines





Iniciativa de A das Artes, com o apoio do CAS.
Apresentação dos livros:
Jesusalém de Mia Couto
e
Barroco Tropical de José Eduardo Agualusa

05 julho, 2009

Mia Couto e Agualusa em Sines




Mia Couto e José Eduardo Agualusa
apresentam os novos romances
Jesusalém e Barroco Tropical,
respectivamente.

Centro de Artes de Sines
Segunda-feira
20 Julho
18,00h.

Organização:
Livraria A das Artes (6º aniversário)
com apoio do Festival Músicas do Mundo

04 junho, 2009

Barroco Tropical de José Eduardo Agualusa

Novo romance de Agualusa editado pela D. Quixote:

Uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical. As únicas testemunhas do acontecimento são Bartolomeu Falcato, escritor e cineasta, e a sua amante, Kianda, cantora com uma carreira internacional de grande sucesso. Bartolomeu esforça-se por desvendar o mistério enquanto ao seu redor tudo parece ruir. Depressa compreende que ele será a próxima vítima. Um traficante de armas em busca do poder total, um curandeiro ambicioso, um antigo terrorista das Brigadas Vermelhas, um ex-sapador cego, que esconde a ausência de rosto atrás de uma máscara do Rato Mickey, um jovem pintor autista, um anjo negro (ou a sua sombra) e dezenas de outros personagens cruzam-se com Bartolomeu, entre um crepúsculo e o seguinte, nas ruas de uma cidade em convulsão: Luanda, 2020.