Mostrar mensagens com a etiqueta Vicente Alves do Ó. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vicente Alves do Ó. Mostrar todas as mensagens

04 agosto, 2022

𝑴𝒂𝒓𝒊𝒍𝒚𝒏 à 𝑩𝒆𝒊𝒓𝒂-𝑴𝒂𝒓, de Vicente Alves do Ó

 


Autor: Vicente Alves do Ó
Título: Marilyn à Beira-Mar
N.º de páginas: 331
Editora: Oficina do Livro
Edição: Julho 2012
Classificação: Biografia romanceada
N.º de Registo: (2776)

OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐



Marilyn à Beira-Mar é uma biografia romanceada da história de amor dos pais do autor. Narrada na primeira pessoa, foi escrita para melhor conhecer e aceitar os “responsáveis pela sua existência” justificou Vicente Alves do Ó numa entrevista.
Gostei particularmente do livro. Conheço pessoalmente o autor, acompanho o seu trabalho sobretudo como realizador e argumentista. Este foi o primeiro livro que escreveu (2012).
O enredo atravessa os anos cinquenta a setenta e situa-se em S. Torpes (Sines), uma pequena vila alentejana à beira-mar. Sendo as personagens reais, todos os nomes foram alterados, mas facilmente identificáveis, para quem é ou vive na terra. É uma história intensa que põe em destaque o papel da mulher, sem direitos, destinada a ficar em casa, a obedecer ao pai, aos irmãos e ao marido, aceitando o casamento imposto, calando a violência, a infidelidade, tendo e criando filhos,…
Laura, a protagonista, sofreu tudo isto durante um tempo no primeiro casamento, mas rapidamente percebeu que não era o seu destino e fugiu para casa de uma tia, recentemente chegada da América. A partir daí, muita coisa vai mudar e tendo como pano de fundo a figura de Marilyn Monroe por quem se apaixona ao vê-la numa revista, Laura, imitando a sua Deusa, vai tornar-se na mulher bonita, sofisticada e moderna que vai enlouquecer, por razões diversas, homens e mulheres da pacata vila de S. Torpes.
“O ano 1959 chegou depressa e cheio de acontecimentos. Laura dispensou a mesada da tia, comprava cigarros na tabacaria, vestia-se com roupas que mandava vir de Lisboa e chegou a provocar escândalo, quando foi jantar sozinha ao restaurante mais caro da vila (…) e pior do que tudo isso, vestiu um par de calças aos olhos de toda a gente.” (p. 153)
Não se iludam. Laura não teve uma vida fácil, nem fútil como este excerto aparenta, pelo contrário, mas deixo-vos o prazer da descoberta com a leitura do livro.
Vicente Alves do Ó, Simão na narrativa, foca-se na maravilhosa e imprevisível mulher que foi a sua mãe, e através dela, da sua história, transporta-nos para um mundo extraordinário que acabou por herdar. O amor, o sonho, a paixão pelo cinema e a coragem de tudo abandonar para recomeçar, de novo e de novo…

“É tempo de abandono. Deixa os fantasmas para trás. (…) Achas mesmo que podes tirar conclusões depois da revisitação à história antiga? Achas que o passado pode responder com objectividade ao presente? (…) A continuidade é uma e a mesma verdade. A passagem de testemunho. Uma força maior, uma estrada sem princípio ou fim. E mesmo que abandones a estrada e entres no campo aberto do poema, da morte ou da revolta, haverá sempre um rasto de espinhos e de pétalas de rosa que te acompanharão.” (p. 327)

É assim que inicia o último capítulo (todos os capítulos apresentam títulos ingleses relacionados com Marilyn Monroe) e, na minha opinião, é uma bela síntese do que foi a vida de Laura, sua mãe.
Leiam e descubram um pouco da mentalidade de Sines, vila de pescadores, nos anos 50 e como tudo começou para Vicente Alves do Ó.

 


08 setembro, 2017

Filme Al Berto, de Vicente Alves do Ó





É no dia 9 de setembro, às 21h30, no castelo de Sines, que temos a  antestreia o filme do realizador Vicente Alves do Ó sobre Al Berto. 
A estreia realizar-se-á no dia 5 de outubro, em Lisboa. 


09 agosto, 2017

Filme sobre Al Berto apaga imagem de poeta maldito


Relação amorosa entre o poeta e o irmão do realizador, nos anos 70, cruza-se com a história de um grupo de jovens esclarecidos de Sines, deslumbrados com a liberdade. Estreia a 14 de setembro.



rsz_alberto051 (1)




O primeiro filme biográfico sobre Al Berto não conta a história de vida do poeta. Não por inteiro. A película realizada por Vicente Alves do Ó centra-se apenas no período de 1975 a 1978, depois de Al Berto regressar do exílio em Bruxelas e se instalar em Sines. Na vila da costa alentejana onde tinha crescido, vive naqueles anos uma relação amorosa que a comunidade censura. É este um dos temas principais do filme.

Intitulado “Al Berto”, tem estreia agendada para 14 de setembro nas salas portuguesas. A produtora, Ukbar Filmes, ainda não organizou sessões de visionamento para a imprensa, mas, em conversa com o Observador, Vicente Alves do Ó adiantou o conteúdo da obra.
Notícia completa em Notícias de Sines 



Al Berto (trailer) por Vicente Alves do Ó


Publicado a 08/08/2017
Verão de 1975: depois de uns anos em Bruxelas, Alberto Raposo Pidwell Tavares regressa a Sines e instala-se no palácio da família, onde ensaia uma vida de comunidade. Encontra João Maria e apaixonam-se. Abre uma livraria na vila. Mas a gente da terra não estava preparada para tanta liberdade.

Al Berto​, brevemente nos cinemas!

09 novembro, 2014

Vicente Alves do Ó apresentou o seu romance em Sines


No dia 7, pelas 21h30, Vicente Alves do Ó esteve no CAS de Sines para apresentar o seu novo romance Florbela, Apeles e Eu. 

Vicente, como excelente comunicador que é, presenteou o público com histórias do filme "Florbela" e do seu novo romance. Falou também do seu novo filme  “Al Berto, as mãos nunca mentem”, cujo argumento acabou de escrever. 






07 outubro, 2013

Florbela conquista 6 prémios Sophia




Florbela, do realizador Vicente Alves do Ó, conquistou o maior número de prémios.  Tabu, de Miguel Gomes, foi considerado o melhor filme português do ano. Os dois foram os grandes vencedores dos novos prémios Sophia da Academia Portuguesa de Cinema, entregues numa cerimónia, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.
 
Florbela, baseado na biografia da poetisa Florbela Espanca, tinha  com 15 nomeações e conquistou seis prémios. Entre eles destacam-se os de Melhor Realizador (Vicente Alves do Ó), Melhor Atriz (Dalila Carmo), Melhor Atriz Secundária (Anabela Teixeira) e Melhor Fotografia (Luís Branquinho).


 



Lista dos vencedores dos prémios de cinema Sophia

Vencedores da 1ª edição  dos prémios Sophia, atribuídos pela Academia Portuguesa de Cinema:


Melhor Filme: "Tabu", Miguel Gomes.

Melhor realização: Vicente Alves do Ó, "Florbela".

Melhor ator principal: Carlos Santos, "Operação Outono".

Melhor atriz principal: Dalila Carmo, "Florbela".

Melhor ator secundário: Albano Jerónimo, "As Linhas de Wellington".

Melhor atriz secundária: Anabela Teixeira, "Florbela".

Melhor argumento original: Carlos Saboga, "As Linhas de Wellington".

Melhor argumento adaptado: Bruno de Almeida, Frederico Delgado Rosa e John Frey, "Operação Outono".

Melhor Fotografia: Luís Branquinho, "Florbela".

Melhor direcção artística: Isabel Branco, "As Linhas de Wellington".

Melhor som: Jaime Barros, Tiago Matos e Elsa Ferreira, "Florbela".

Melhor Guarda-Roupa: Sílvia Grabowski, "Florbela".

Melhor Caracterização: Íris Peleira, "As Linhas de Wellington".

Melhor Montagem: Telmo Churro e Miguel Gomes, "Tabu".

Melhor Música: The Legendary Tigerman e Rita Redshoes, "A Estrada de Palha".

Melhor Documentário em longa-metragem: "É na Terra não é na Lua", Gonçalo Tocha.

Melhor Curta-Metragem de Ficção: "Cerro Negro", João Salaviza.

Melhor Curta-Metragem de Animação: "Kali, o pequeno vampiro", Regina Pessoa.

Melhor Curta-Metragem em Formato de Documentário: "Raúl Brandão Era Um Grande Escritor", João Canijo.


Prémio Carreira Acácio de Almeida, diretor de fotografia,

Prémio Carreira José Manuel Castello Lopes, distribuidor

Prémio Carreira Laura Soveral, atriz

Prémio Sophia de Mérito e Excelência Manoel de Oliveira, realizador

13 setembro, 2013

Florbela de Vicente Alves do Ó tem 15 nomeações para os Sophia




O filme Florbela de Vicente Alves do Ó foi nomeado em 15 categorias para os prémios Sophia. De entre elas, destacam-se a de Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Actor (Ivo Canelas) e Melhor Actriz (Dalila Carmo).


Os Sophia (nome da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen), que pretendem premiar o que de melhor se faz no cinema em Portugal, vão ser entregues a 6 de Outubro pela Academia Portuguesa de Artes e Ciências Cinematográficas.