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14 abril, 2025

Mario Vargas LLosa (1936 - 2025)

 





Morreu, aos 89 anos, em Lima, o escritor Mario Vargas Llosa. Prémio Nobel da Literatura em 2010 e "imortal" da Academia Francesa (2023), o autor peruano-espanhol confessou que gostaria de ser lembrado pela sua escrita.

Nascido em Arequipa, a 28 de março de 1936, Jorge Mario Pedro Vargas Llosa foi também político, jornalista, ensaísta e professor universitário.

Além do Nobel da Literatura, foi distinguido com vários outros prémios como o Rómulo Gallegos (1967), Princesa das Astúrias (1986), Planeta (1993), Miguel de Cervantes (1994), Jerusalém (1995), National Book Critics Circle Award (1997), PEN/Nabokov (2002) e Prémio Mundial Cino Del Duca (2008). Recebeu vários graus de doutor 'Honoris Causa'.

Em 2024, já depois de ter regressado ao país natal, publicou o seu último romance, Dedico-lhe o meu silêncio. 


27 março, 2023

𝑫𝒖𝒂𝒔 𝑺𝒐𝒍𝒊𝒅õ𝒆𝒔. 𝑶 𝑹𝒐𝒎𝒂𝒏𝒄𝒆 𝒏𝒂 𝑨𝒎é𝒓𝒊𝒄𝒂 𝑳𝒂𝒕𝒊𝒏𝒂, de Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa

 


Autores: Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa
Título: Duas Solidões. O Romance na América Latina
Tradutor: J. Teixeira de Aguilar
N.º de páginas: 175
Editora: D. Quixote
Edição: Outubro 2021
Classificação: Conversa/testemunhos
N.º de Registo: (3371)


OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐


Duas Solidões. O Romance na América Latina é a transcrição do interessantíssimo embate comunicacional de dois vultos da literatura - Gabriel García Márquez (Gabo) e Vargas Llosa, ocorrido em setembro de 1967, em Lima, no Peru. Os dois escritores, já nomes promissores da literatura latino-americana, estavam em início de carreira e tinha acabado de sair o famosíssimo Cem anos de solidão.
Trata-se de uma conversa amena, elegante, esclarecedora e emocionante.
Fala-se da utilidade dos escritores, “Para que achas que serves tu como escritor?” (p. 41) perguntou Llosa logo no início da conversa; dos métodos de escrita; de convicções; do boom do romance latino-americano; do “boom de leitores”; de leituras, de influências; das próprias obras e daquilo a que se viria a chamar mais tarde de “realismo mágico”.

Para além desta conversa entre os dois Nobelizados (duas partes), a edição conta com três textos introdutórios e uma Nota preliminar. No final, conta ainda com quatro testemunhos, duas entrevistas e algumas fotografias.

Num dos textos introdutórios, Juan Gabriel Vásquez descreve desta forma brilhante os dois protagonistas: “Aqui está esse Vargas Llosa: o romancista-crítico, senhor de uma consciência exacerbada do seu ofício, sempre com o bisturi na mão. Ao lado, García Márquez faz grandes esforços para defender a sua imagem de narrador instintivo, quase selvagem, alérgico à teoria e mau explicador de si mesmo ou dos seus livros. (…) Ora bem, o diálogo é também uma encenação de duas maneiras diferentes de entender o ofício de romancista; (…) Por um lado, a generosidade intelectual de Vargas Llosa (…) e, por outro, a timidez de García Márquez” (pp. 20-21)

Penso que este livro destaca a importância da conversa quer para os leitores quer para futuros escritores e é revelador da genialidade dos seus autores, da amizade e do respeito entre ambos. É bonito perceber que entre os dois há uma enorme cumplicidade apesar das divergências existentes, como é natural.

Termino com uma resposta de Gabo a Llosa que se tornou numa das suas máximas principais: “Escrevo para que os meus amigos gostem mais de mim.”



26 setembro, 2018

Conversa n' A Catedral, de Mario Vargas Llosa





Cinco estrelas. Complexo mas genial.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Este foi o meu sentimento ao ler este romance. Escrita truncada, diálogos entrelaçados, histórias cruzadas, múltiplas personagens, uso indiscriminado dos discursos direto, indireto e indireto livre que confundem completamente o leitor. Porém, à medida que se avança na narrativa, vamos compreendendo as personagens e o enredo e vamos ficando, cada vez mais, conquistados pela mestria do autor. 

A conversa que acontece no café Catedral marca o reencontro de Santiago (Zavalita) e Ambrósio e serve de fio condutor ao longo de toda a narrativa. Ficamos assim a conhecer a vida destas personagens e dos seus familiares, amigos, colegas de trabalho, entre muitas outras, bem como um pouco da história do Peru dos anos cinquenta, época de divisão política, de corrupção e de repressão.


07 outubro, 2010

Prémio Nobel da Literatura 2010


Exposição, no Perú, com todo o seu trabalho: ’Mario Vargas LLosa, la libertad y la vida’.

Com Saramago na feira do Livro de 2002 em Madrid


A Academia Sueca decidiu premiar a obra de Vargas Llosa «pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens incisivas da resistência, revolta e derrota dos indivíduos».
Mario Vargas Llosa nasceu em 1936, em Arequipa, no Peru. Professor universitário, académico e político, é uma personalidade intelectual de grande vulto e um dos mais importantes escritores da América Latina e do mundo. Apresenta uma vasta obre e foi galardoado com muitos dos mais destacados prémios literários internacionais, entre eles o Prémio PEN/Nabokov, o Prémio Cervantes, o Prémio Príncipe das Astúrias e o Prémio Grinzane Cavour.

Para mais informações consultar o site do autor: http://www.mvargasllosa.com/

Obras  editadas em Portugal:


A guerra do fim do mundo (Bertrand, 1984)
História de Mayta (D. Quixote, 1987)
A cidade e os cães (Europa-América, 1977/ Dom Quixote, 2002)
Quem matou Palomino Molero? (Dom Quixote, 1988)
Elogio da madrasta (Dom Quixote, 1989)
O falador (Dom Quixote, 1989)
A tia Júlia e o escrevedor (Dom Quixote, 1988)
Pantaleão e as visitadoras (Europa-América, 1975/ Dom Quixote. 2001)
Conversa na catedral (Europa-América, 1972/ Dom Quixote, 1997)
Como peixe na água: memórias (Dom Quixote, 1994)
Lituma nos Andes (Dom Quixote, 1994)
A guerra do fim do mundo (Círculo de Leitores, 1995)
Cadernos de Dom Rigoberto (Dom Quixote, 1998)
Cartas a um jovem romancista (Dom Quixote, 2000/ Círculo de Leitores, 1999)
A festa do chibo (Dom Quixote, 2001/ Círculo de Leitores, 2001)
A guerra do fim do mundo
A casa verde (Dom Quixote, 2002)
O paraíso na outra esquina (Dom Quixote, 2003)
A tia Júlia e o escrevedor (Dom Quixote, 2003)
Travessuras da menina má (Dom Quixote/ Círculo de Leitores, 2006)
Israel Palestina: Paz ou Guerra Santa (Quasi, 2007)
Diário do Iraque (Quasi, 2007)