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15 abril, 2019

Meia Hora para Mudar a MInha Vida de Alice Vieira



SINOPSE


Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma.

Ela ficou a olhar para o carro, até que ele desapareceu ao fundo da rua. Depois correu para casa abriu a porta, atravessou o corredor, entrou no quarto, abriu a gaveta, encontrou a agenda. Teclou o número no telemóvel.
Ela sabe que vai finalmente regressar a casa. Diz-se muitas vezes que a nossa vida é um palco. No caso de Branca, que nasceu no meio de uma enorme salva de palmas, a expressão é mesmo para ser levada à letra —como, mais tarde, ela acabará por perceber.


OPINIÃO


Há muito que não lia um livro juvenil de Alice Vieira. Como a autora vai estar na minha escola senti necessidade de a (re)ler. Sendo esta obra dirigida a um público mais jovem, nada impede que qualquer adulto a leia. Penso mesmo que terá um melhor entendimento da mensagem. E a Alice escreve muito bem pelo que a leitura se revela sempre um prazer. 

Meia Hora Para Mudar A Minha Vida é a história de uma rapariga, Branca, que nasceu numa casa-teatro. Aí viveu até ao momento em que Elas (assim identificadas na narrativa) a entregaram à sua avó. 

Trata-se de um livro juvenil que aborda a questão da adolescência, a idade em que tudo se questiona. Branca, com 16 anos relembra a sua vida e questiona-se sobre o lugar e o espaço certos para sonhar e ser feliz, sobre a importância da verdadeira família. 

Para além desta problemática, Alice Vieira aborda ainda com paixão a vivência de um grupo de pessoas insólitas, mas generosas e felizes que constituem a Feira (nome do grupo de teatro de amadores) e põe a ridículo a figura das assistentes sociais que se recusam ver o verdadeiro lugar da felicidade. Nesta casa-teatro era-se feliz e havia sempre lugar para mais um, nada se perguntava e só se exigia “não ter medo do trabalho, amar Gil Vicente sobre todas as coisas (mesmo não sabendo muito bem quem ele era), obedecer a Mercúrio – e não ser do Sporting.”


05 dezembro, 2009

Um poema de Alice Vieira


Sempre amei por palavras muito mais
do que devia

são um perigo
as palavras

quando as soltamos já não há
regresso possível
ninguém pode não dizer o que já disse
apenas esquecer e o esquecimento acredita
é a mais lenta das feridas mortais
espalha-se insidiosamente pelo nosso corpo
e vai cortando a pele como se um barco
nos atravessasse de madrugada

e de repente acordamos um dia
desprevenidos e completamente
indefesos

um perigo
as palavras

mesmo agora
aparentemente tão tranquilas
neste claro momento em que as deixo em desalinho
sacudindo o pó dos velhos dias
sobre a cama em que te espero



Alice Vieira


_________

Pintura de Pablo Picasso Mulher de Cabelos Amarelos,1931 Museu Guggenheim de Nova York.

09 agosto, 2009

Postal para Alice Vieira


Hoje, na Pública, li a seguinte recomendação: "Há 30 anos que Alice Vieira é escritora. Para assinalar este aniversário, decorre uma campanha solidária com Timor. Por cada leitor que enviar um postal à autora, será entregue um livro numa biblioteca timorense. Os postais podem ser encontrados nas livrarias, nas escolas e dentro dos livros da autora. http://www.alicevieira.wordpress.com/"

Estas iniciativas são de louvar .... por isso vamos todos enviar um postal à nossa Alice Vieira para que todas as crianças (sobretudo elas) timorenses possam ler um livro...