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11 janeiro, 2019

O Retorno de Dulce Maria Cardoso






SINOPSE

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para alunos do Ensino Secundário, como sugestão de leitura. Também recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura.

1975, Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras. Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos nao têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente mas cada vez mais longe.


OPINIÃO

É o primeiro contacto que tenho com a escrita de Dulce Maria Cardoso e posso afirmar que me surpreendeu pela positiva. Num estilo muito próprio e tão expressivo que pode criar no leitor menos atento, a ideia de repetição. 
Também gostei de ter colocado a narração na voz de um adolescente, o que lhe deu total liberdade para dizer as coisas cruamente, pelo seu nome, sem receios. O livro apresenta uma temática complexa e pouco abordada na nossa literatura, o que o torna ainda mais interessante. 
O Retorno foca-se no regresso súbito dos colonos a Portugal, nas dificuldades vividas num país que os descriminou, tratando-os por “retornados”. Rui, o adolescente, descreve-nos os últimos dias passados em Angola de onde foram forçados a fugir e o período vivido no hotel onde foram instalados em Lisboa. Ele, a sua família e os milhares de “retornados” viveram dias de instabilidade política e social.



01 agosto, 2009

Dulce Maria Cardoso ganhou Prémio da União Europeia para a Literatura


Dulce Maria Cardoso nasceu em Trás-os-Montes, em 1964. Foi para Angola e regressou a Portugal na ponte aérea de 1975. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, escreveu argumentos para cinema, e também escreveu contos. Vive em Lisboa.


O seu romance de estreia, Campo de Sangue, publicado em 2002 e escrito com o apoio de uma Bolsa de Criação Literária do Ministério da Cultura, foi distinguido com o Grande Prémio Acontece de Romance e encontra-se traduzido em França. Os respectivos direitos foram também adquiridos para a América Latina e Espanha, e para o Brasil, onde em breve será publicado pela Companhia das Letras.

Em 2005, publicou o seu segundo romance Os meus Sentimentos. Foi com este título que ganhou o Prémio da União Europeia para a Literatura,no qual participaram 12 países (Áustria, Croácia, França, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Noruega, Polónia, Portugal, Eslováquia, Suécia.

O objectivo do prémio é destacar a criatividade e a diversidade da literatura contemporânea europeia, promover a circulação da literatura na Europa e fomentar um maior interesse por obras literárias não nacionais.

A cerimónia de atribuição dos prémios aos autores galardoados está marcada para 28 de Setembro no teatro Flagey de Bruxel, com a presença do Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, do Comissário da educação e cultura, Ján Figel, e de Henning Mankell, o autor e campeão de vendas sueco recentemente nomeado embaixador dos Prémios da União Europeia para a Literatura.