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28 janeiro, 2019

Burgueses somos nós todos ou ainda menos de Mário de Carvalho



SINOPSE


Um marido recalcitrante ludibriado pela mulher defunta; um casal num jantar de amigos, elas amigas íntimas dele; um recém-viúvo percorrendo a lista das suas conquistas mais assíduas, dois homens de meia-idade rememorando no luxo das suas casas os tempos de jovens revolucionários; doutores, engenheiros, administradores em tensão, todos em certa vivenda às Avenidas Novas, banco de grandes investimentos; uma enfermaria de hospital; cortejo e exéquias; engates de esquina; os filhos dos outros; traições e uma vingança sórdida; retalhos de vida, de uma sociedade, de um Portugal desencantado, sob o olhar sempre irónico de Mário de Carvalho.


OPINIÃO



“Burgueses somos nós todos ou ainda menos”, título retirado de um poema de Mário Cesariny (abaixo publicado), é um livro de onze narrativas curtas. Nestes contos o autor, através de uma escrita subtil e irónica, apresenta-nos “histórias de burgueses desencantados”, isto é, sobre a sociedade que o rodeia. 

É sempre com prazer que abordo a prosa de Mário de Carvalho quer pela temática tratada de forma sublime quer pelo vocabulário variado e invulgar que me obriga a usar o dicionário para verificar o sentido das palavras usadas que tão bem se aplicam à descrição dos ambientes e das personagens narrados. 
Raio de Luz


Burgueses somos nós todos
ou ainda menos.
Burgueses somos nós todos
desde pequenos.

Burgueses somos nós todos
ó literatos.
Burgueses somos nós todos
ratos e gatos.

Burgueses somos nós todos
por nossas mãos.
Burgueses somos nós todos
que horror irmãos. 

Burgueses somos nós todos
ou ainda menos.
Burgueses somos nós todos
desde pequenos.

Mário Cesariny, «Nobilíssima Visão»



01 julho, 2018

Contos Vagabundos de Mário de Carvalho



17 contos vagabundos seguidos de 11 deambulações de Cat’ e Gat’, todos publicados, anteriormente, em revistas ou antologias como nos explica o próprio autor. Alguns são cómicos, outros absurdos, outros ainda fantásticos. Todos carregados de ironia, facto que os leitores de Mário de Carvalho não estranharão. Mais uma vez estamos perante a crítica demolidora da sociedade portuguesa. Gostei muito, e em especial do primeiro que funciona como introdução aos restantes textos.



12 janeiro, 2014

Mário de Carvalho vence Prémio Fundação Inês de Castro





Mário de Carvalho venceu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2013 com o livro de contos A Liberdade de Pátio.

O prémio foi atribuído por unanimidade  por um júri composto pelo catedrático José Carlos Seabra, pelo escritor Mário Cláudio, pelo poeta e ensaísta Fernando Guimarães, pelo tradutor e poeta Frederico Lourenço e pelo escritor e crítico literário Pedro Mexia.

Maria do Rosário Pedreira, Pedro Tamen, Teolinda Gersão, José Tolentino de Mendonça, Hélia Correia e Gonçalo M. Tavares venceram as edições anteriores do Prémio Literário. 

A Fundação atribuíu ao poeta Gastão Cruz o prémio de carreira.

in Público.


07 outubro, 2013

Escritaria 2013 dedicado a Mário de Carvalho




O Festival  Escritaria, que decorreu no passado fim de semana, em  Penafiel, foi dedicado as  escritor Mário de Carvalho

É escolhida uma frase do autor homenageado para ficar para sempre inscrita nas ruas de Penafiel em forma de arte pública. Toda a cidade se envolve na homenagem. Há alusões à obra de Mário de Carvalho nas montras das lojas, painéis com fotografias e excertos das suas obras espalhados pela cidade, teatro de rua, animação e conferências.
 
Este festival que vai na sua 6ª edição  já teve edições dedicadas a António Lobo Antunes, José Saramago, Urbano Tavares Rodrigues, Agustina Bessa-Luís e Mia Couto.

27 julho, 2010

Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe em Sines







Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe estiveram, ontem e hoje respectivamente, em Sines para apresentação dos seus últimos livros. Estas iniciativas estão integradas na programação do FMM 2010 em parceria com a livraria A das Artes. Foram dois momentos muito agradáveis, que nos fizeram esquecer o calor estonteante destes dias.



30 junho, 2010

Encontros com escritores

Centro de Artes de Sines – Esplanada da Casa Preta | 26 e 27 de Julho | 18h30 | Org. Câmara Municipal de Sines / livraria a das artes

Mário de Carvalho26: MÁRIO DE CARVALHO O FMM e a livraria a das artes juntam-se para trazer até Sines o consagrado autor Mário de Carvalho, que apresentará a sua última obra “A arte de morrer longe”. Uma oportunidade de escutar as palavras de um dos mais estimados autores portugueses, traduzido em diversas línguas e galardoado com o Grande Prémio APE, o Prémio Fernando Namora, o Grande Prémio de Literatura ITF/DST e, em 2009, o prémio Vergílio Ferreira.

valter hugo mãe27: valter hugo mãe Al Berto fê-lo em alguns poemas mas este autor fá-lo sem excepção. valter hugo mãe caracteriza a sua produção literária pela omnipresença de minúsculas, para, tal como afirma, “acelerar a própria escrita (…) agilizando assim o texto”. O autor apresenta-nos o seu último romance “a máquina de fazer espanhóis”, após ter editado títulos como “o remorso de baltazar serapião” e “o apocalipse dos trabalhadores” e ter sido galardoado com o Prémio Literário José Saramago (2007)

in FMM

14 março, 2008

A Sala Magenta


A sala magenta, novo romance de Mário de Carvalho, um dos nomes de referência da novelística portuguesa da actualidade. Advogado de formação, escritor por opção, distinguido com mais de uma dezena de prémios, em Portugal e no Estrangeiro.

É um novo título da colecção "Campo da Palavra", da editorial Caminho.

Fala de gente de aqui e de agora, de gente - nas palavras do autor - "que se equivoca, que sofre, que se apaixona desvairadamente". É "sobre a relação sobremaneira equivocada e frustrante entre homens e mulheres. Sobre o desconsolo. Sobre a tristeza. Sobre todos nós".


Mário de Carvalho nasceu em Lisboa, em 1944. Licenciou-se em Direito, em 1969. O serviço militar foi interrompido por prisão em Caxias e, posteriormente, em Peniche, por actividade política contra a ditadura, ainda nos tempos de estudante. Mais tarde exilou-se em França e na Suécia. Regressa após o 25 de Abril de 1974.


Obras:

Contos da Sétima Esfera (Vega, 1981; 2' Ed. Caminho, 1990);

Casos do Beco das Sardinheiras (Vega, 1982; 2ª ed. Rolim, 1985; 3ª ed. Caminho, 1991);

O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (Vega, 1982 – Prémio Cidade de Lisboa);

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1ª e 2ª eds. Rolim, 1983, 1984; 3ª e 4ª eds. Caminho, 1992, 1994);

Fabulário (& ETC, 1984);

Contos Soltos (Quatro Elementos Editores 1986);

Era umo vez um Alferes (Rolim, 1ª e 2ª eds. 1984. 1985);

E se tivesse a bondade de me dizer porquê – Em parceria com Clara Pinto Correia, Rolim. 1986; 2ª ed., Relógio d' Água 1996;

A Paixão do Conde de Fróis (Rolim, 1986; Círculo de Leitores, 1987 – Prémio D. Dinis ex aequo; 3ª ed. Caminho, 1991) editado pela Gallimard, Paris, 1992, com o título Le Jeune Homme, La Forteresse et la Mort, tradução de Marie-Hélène Piwnik;

Os Alferes (Ed. Caminho, 1989; Círculo de Leitores, 1990) Gallimard Les Sous Lievtenents, tradução de M.H. Piwnik;

Quatrocentos mil sestércios... (Caminho, 1991) – Grande Prémio do Conto APE; Água em Pena de Pato (teatro, Caminho 1992);

Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (Caminho 1994) – Grande Prémio A.P.E. do Romance, 3ª Edição; Edição Brasileira: Contraponto, Rio de Janeiro 1995; Prémio Pegasus; Prémio Fernando Namora.

Era Bom que Trocássemos umas ideias sobre o Assunto – Romance 2ª ed. (Caminho, 1995); Fabulário – (Caminho, 1997);

Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (Caminho, 2003) – Prémio ITF

A Sala Magenta (Caminho, 2008)