2001 - Sir Vidiadhar Surajprasad Naipaul (1932–2018) | Reino Unido | Romance, Ensaio
“Por ter unido narrativa perceptiva e escrutínio incorruptível em obras que nos obrigam a ver a presença de histórias suprimidas”
2002 - Imre Kertész (1929–2016) | Hungria | Romance
“Pela escrita que defende a frágil experiência do indivíduo contra a bárbara arbitrariedade da história”
2003 - John M. Coetzee (1940–) | Austrália | Romance, Ensaio, Tradução
“Que em inúmeras formas retrata o surpreendente envolvimento do estranho”
2004 - Elfriede Jelinek (1946–) | Áustria | Romance, Drama
“Pelo seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em romances e peças que com extraordinário zelo linguístico revelam o absurdo dos clichês da sociedade e o seu poder subjugador”
2005 - Harold Pinter (1930–2008) | Reino Unido | Drama, Roteiro
“Que nas suas peças desvenda o precipício sob a tagarelice quotidiana e força a entrada nos quartos fechados da opressão”
2006 - Orhan Pamuk (1952–) | Turquia | Romance, Roteiro, Ensaio
“Que na busca da alma melancólica da sua cidade natal descobriu novos símbolos para o choque e o entrelaçamento de culturas”
2007 - Doris Lessing (1919–2013) | Reino Unido | Romance, Drama, Poesia, Conto, Memórias
“Aquela epicista da experiência feminina, que com ceticismo, fogo e poder visionário submeteu uma civilização dividida ao escrutínio”
2008 - Jean-Marie Gustave Le Clézio (1940–) | França | Romance, Conto, Ensaio, Tradução
“Autor de novas partidas, aventura poética e êxtase sensual, explorador de uma humanidade além e abaixo da civilização reinante”
2009 - Herta Müller (1953–) | Alemanha | Romance, Poesia
“Que, com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, retrata a paisagem dos despossuídos”
2010 - Mario Vargas Llosa (1936–) | Peru, Espanha | Romance, Conto, Ensaio, Drama, Memórias
“Pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens incisivas da resistência, revolta e derrota do indivíduo”
2011 - Tomas Tranströmer (1931–2015) | Suécia | Poesia, Tradução
“Porque, através das suas imagens condensadas e translúcidas, nos dá um novo acesso à realidade”
2012 - Mo Yan (1955–) | China | Romance, Conto
“Com realismo alucinatório mescla contos folclóricos, história e contemporaneidade”
2013 - Alice Munro (1931–) | Canadá | Conto
“Mestre do conto contemporâneo”
2014 - Patrick Modiano (1945–) | França | Romance
“Pela arte da memória com a qual evocou os destinos humanos mais inapreensíveis e desvendou o mundo da vida da ocupação”
2015 - Svetlana Alexievich (1948–) | Bielorrússia | História, Ensaio
“Pela sua escrita polifónicos, um monumento ao sofrimento e à coragem em nosso tempo”
2016 - Bob Dylan (1941–) | estados Unidos | Poesia, Composição musical
“Por ter criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana”
2017 - Kazuo Ishiguro (1954–) | Japão | Romance
“Que, em romances de grande força emocional, descobriu o abismo sob o nosso sentido ilusório de ligação com o mundo”
2018 - Olga Tokarczuk (1962–) | Polónia | Romance, Poesia, Ensaio
“Por uma imaginação narrativa que com paixão enciclopédica representa o cruzamento de fronteiras como forma de vida”
2019 - Peter Handke (1942–) | Áustria | Romance, Drama
“Por um trabalho influente que com engenho linguístico explorou a periferia e a especificidade da experiência humana”
2020 - Louise Glück (1943–2023) | Estados Unidos | Poesia, Ensaio
“Pela sua inconfundível voz poética que com austera beleza torna universal a existência individual”
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