sente a resinadas árvores nos dedos, a língua enegrecida pelo desejo
lambe as ervas reclinadas dos campos, as coxas abertas da noite, o orvalho nasce-lhe da boca
qualquer coisa continua a explodir , amarinha-me pelo ventre
um astro de paredes frias por onde enfio o sexo... todos os buracos do texto se enchem de lava
são longos caminhos aveludados
o puto vomita, nenhum som na amanhã que aconteceu...,
a língua continua impregnada de ópio esquecido, sono das papoulas, madrugada de crianças geométricas
do outro lado da cidade, aquele onde não vivemos, tudo acordou normalmente
Sem comentários:
Enviar um comentário