06 setembro, 2020

Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo


OPINIÃO



Notre-Dame de Paris, retrata a sociedade parisiense do século XV. É um romance histórico que tem como cenário principal a Catedral de Notre Dame, local de oração, de recolhimento e de refúgio. A acção decorre no ano de 1482. Victor Hugo descreve-nos de forma magistral os costumes da época e a arquitectura gótica, que ele tanto apreciou e valorizou. Ao longo do romance, várias páginas são dedicadas à Catedral com descrições detalhadas quer do seu exterior quer do interior. 
É neste local, onde tudo acontece e onde todos se concentram, que vamos assistir aos acontecimentos da cidade e conviver com Esmeralda, a jovem cigana, muito bela, amada por muitos e discriminada por outros; Quasímodo, homem disforme, desprezado por todos, sineiro da catedral; Claude Frollo, arquidiácono, que adopta Quasímodo quando abandonado à porta da catedral e Phoebus, capitão da guarda real. 

Estamos perante uma obra riquíssima em termos literários, históricos e estéticos. Victor Hugo ataca fortemente o clero abusivo e autoritário, critica o estado e a burguesia que vivem alheios à miséria do povo e à destruição de edifícios marcantes. Victor Hugo constrói a sua narrativa com base em dualidades. Ele põe em evidência a oposição entre a opulência e a miséria, o belo e o grotesco, o cómico e o horror.





 

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