02 dezembro, 2013

Exposição Lisboa em Pessoa



Local da Exposição: Aeroporto de Lisboa (chegadas – Praça Cilindro)
Duração: de 25 de Novembro de 2013 a 31 de Janeiro de 2014

Organização: Casa Fernando Pessoa
Curadoria: Inês Pedrosa


"Fernando Pessoa (1888-1935), considerado o maior poeta português do século XX e um dos mais destacados criadores da literatura mundial, viveu dentro do planeta das palavras de uma forma vertiginosa, desdobrando-se em personagens tão reais como ele próprio – os heterónimos. 
Ao universo composto pelo poeta da natureza Alberto Caeiro, pelo neoclassicista Ricardo Reis e pelo decadente, futurista e modernista Álvaro de Campos, Pessoa acrescentou ainda muitas outras figuras, entre as quais um detective, um frade, um filósofo, vários tradutores, diaristas, um fidalgo que se suicida, uma mulher corcunda que está a morrer de tuberculose e um astrólogo (Rafael Baldaya que, além de conceber cartas astrológicas de amigos, clientes e personalidades da História universal, desenhou os mapas astrológicos do próprio Pessoa e dos seus três principais heterónimos, tendo-se também dedicado ao estudo do ocultismo).
A Bernardo Soares, um fictício ajudante de guarda-livros classificado como semi-heterónimo por ter uma personalidade semelhante à do autor, foi atribuído o Livro do Desassossego. Esta obra em prosa tornou mundialmente conhecido Fernando Pessoa, a partir da sua edição, em 1982. 
Pessoa caracterizou o seu projecto literário como “um drama em gente, em vez de em actos”, e cultivou a arte do fingimento: “Eu simplesmente sinto com a imaginação”.
Lisboa foi mais do que o cenário da prodigiosa arquitectura literária de Pessoa – foi a sua casa (feita de muitas moradas), o seu porto de abrigo e desabrigo, a sua segurança funcionária e o seu desvario, território de encontros e oceano de solidão. Como escreveu Teresa Rita Lopes, no prefácio ao guia de Lisboa que o próprio Poeta escreveu (“Lisboa: o que o turista deve ver”, edição Livros Horizonte): “Para Pessoa, Lisboa foi mais do que uma cidade, foi a pátria, condensadamente. E desde que nela lançou âncora, em 1905, nunca mais daí saíu”. 
Comemorando os 125 anos de nascimento deste escritor universal, a Casa Fernando Pessoa – a morada de Pessoa nos seus últimos 15 anos de vida, de 1920 a 1935 – recupera as suas ruas e trajectos, as suas deambulações e os seus lugares em Lisboa, a sua cidade e, por isso mesmo, cidade-símbolo da sua extraordinária aventura literária."

Inês Pedrosa, Directora da Casa Fernando Pessoa


Mais informação e fotos em: http://www.lisboaempessoa.com/galeria.html

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