O arquiteto e pintor, Nadir Afonso, mestre da abstração geométrica, morreu hoje aos 93 anos.
Após ter vivido a infância em Chaves, onde nasceu a 4 de Dezembro de 1920, Nadir Afonso mudou-se para o Porto, onde foi estudar Arquitetura em 1938 na Escola de Belas-Artes. Estudou também em França, na Beaux-Arts de Paris, onde chega em 1946.
Foi da sua geração a figura que mais frutos colheu dos contactos com a vanguarda internacional: “Viveu em Paris. Trabalhou com Le Corbusier, foi colega do [compositor] Xenákis, que também foi arquitecto, foi amigo e colega de Vasarely. Também trabalhou com o Niemeyer em São Paulo. Expôs na Galeria Denise René, centro das vanguardas construtivistas do pós-guerra em Paris.”
Foi depois do período brasileiro, entre 1952 e 1954, que Nadir Afonso decidiu abandonar definitivamente a arquitetura para se dedicar em exclusivo à pintura.
No período das décadas de 1940 e 1950, distante de Portugal, “realiza uma obra por vezes mal avaliada na extensão, complexidade e actualidade das suas propostas". "É ele que faz a primeira pintura cinética em Portugal”, continua Pedro Lapa, referindo-se ao objecto cinético Espacillimité (1956). Por último, Lapa refere os muitos livros que escreveu e publicou, “desenvolvendo uma actividade de teorização e reflexão ímpar no contexto dos artistas portugueses das sua geração”.
in Público
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