José Saramago, neste livro, que reproduz uma conferência por ele proferida, em Turim, divide a sua obra (até à publicação do Homem Duplicado - última obra publicada no momento da conferência) em duas fases: a da estátua e a da pedra.
A metáfora escolhida pelo autor aplica-se perfeitamente, já que na 1.ª fase, ele descreve situações e na 2.ª, analisa-as (auto análise feita pelo próprio).
Bruno Vieira Amaral, na revista Ler deste mês, acrescenta uma 3.ª fase: a "«fase de pena», pela leveza evocativa e pelo deleite narrativo", onde inclui a Viagem do Elefante e As Pequenas Memórias.
Quem conhecer bem a obra de Saramago, não deixará de concordar com esta divisão.
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