O filme «Entre les murs» (A Turma), de Laurent Cantet, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2008 e candidato ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, abre, no dia 29, a Festa do Cinema Francês, em Faro. E pode ser visto, nas salas de cinéma do país, a partir do dia 30.
"O filme, centrado nas dificuldades de um professor perante alunos de um liceu num bairro problemático de Paris, não é uma obra "sobre a autoridade" na escola, afirmou hoje (22 de Outubro) em Lisboa o realizador Laurent Cantet.
Premiado com a Palma de Ouro no último festival de Cannes, o filme retrata o quotidiano de uma turma multiétnica de um liceu francês e baseia-se num livro de François Bégaudeau, que interpreta o papel de professor, contracenando com actores não profissionais.
"Este filme não é um documentário, não procurei dar uma imagem global da escola, mas contar o que se passa nesta turma entre este professor e estes 25 alunos. Quis também escolher os momentos em que há tensão, diálogo", afirmou Laurent Cantet aos jornalistas, quando questionado sobre as críticas que têm sido feitas por alguns professores.
"Os professores a que a imprensa tem dado voz são críticos em relação ao filme", disse o realizador, acrescentando que, se fosse feita uma sondagem, haveria mais professores a considerá-lo interessante.
"Os professores são uma profissão muito exposta e protegem-se por detrás das paredes da escola", sublinhou o realizador, explicando que "A Turma" (Entre les Murs, no original) não é um filme "para falar de autoridade".
Laurent Cantet, 47 anos, disse também que o fez numa dupla perspectiva, sem privilegiar o ponto de vista de professores ou de alunos.
"A turma transforma-se numa tribuna em que cada um pode falar", adiantou Laurent, indicando que a sua preocupação foi falar do tipo de relações que se podem estabelecer entre um professor e os seus alunos.
A ideia de escola apresentada neste filme não corresponde à do tempo de Laurent Cantet, dado que há 30 anos "não havia este tipo de `mistura` de origens e de meios sociais muito diferentes", explicou o realizador, pai de dois adolescentes que frequentam uma escola da periferia de Paris.
O realizador explicou ainda que gosta de trabalhar associando actores profissionais e não profissionais, o que considera uma "experiência enriquecedora", e adiantou acreditar que os jovens escolhidos para participar nesta obra ficaram motivados.
"Foi importante verem o seu talento reconhecido, algo a que não estão muito habituados", indicou Cantet.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Premiado com a Palma de Ouro no último festival de Cannes, o filme retrata o quotidiano de uma turma multiétnica de um liceu francês e baseia-se num livro de François Bégaudeau, que interpreta o papel de professor, contracenando com actores não profissionais.
"Este filme não é um documentário, não procurei dar uma imagem global da escola, mas contar o que se passa nesta turma entre este professor e estes 25 alunos. Quis também escolher os momentos em que há tensão, diálogo", afirmou Laurent Cantet aos jornalistas, quando questionado sobre as críticas que têm sido feitas por alguns professores.
"Os professores a que a imprensa tem dado voz são críticos em relação ao filme", disse o realizador, acrescentando que, se fosse feita uma sondagem, haveria mais professores a considerá-lo interessante.
"Os professores são uma profissão muito exposta e protegem-se por detrás das paredes da escola", sublinhou o realizador, explicando que "A Turma" (Entre les Murs, no original) não é um filme "para falar de autoridade".
Laurent Cantet, 47 anos, disse também que o fez numa dupla perspectiva, sem privilegiar o ponto de vista de professores ou de alunos.
"A turma transforma-se numa tribuna em que cada um pode falar", adiantou Laurent, indicando que a sua preocupação foi falar do tipo de relações que se podem estabelecer entre um professor e os seus alunos.
A ideia de escola apresentada neste filme não corresponde à do tempo de Laurent Cantet, dado que há 30 anos "não havia este tipo de `mistura` de origens e de meios sociais muito diferentes", explicou o realizador, pai de dois adolescentes que frequentam uma escola da periferia de Paris.
O realizador explicou ainda que gosta de trabalhar associando actores profissionais e não profissionais, o que considera uma "experiência enriquecedora", e adiantou acreditar que os jovens escolhidos para participar nesta obra ficaram motivados.
"Foi importante verem o seu talento reconhecido, algo a que não estão muito habituados", indicou Cantet.
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