Intérpretes: Emily Mortimer, Bill Nighy, Patricia Clarkson.
Uma coprodução da ESP/GB/ALE, de 2017, com 113 min.
Opinião:
Dirigido pela realizadora catalã Isabel Coixet, a partir de uma adaptação do romance de Penelope Fitzgerald, A Livraria (The Bookshop) é um excelente filme para os amantes de literatura e admiradores de trilhos sensíveis e bucólicos.
Florence Green (Emily Mortimer), uma jovem viúva, em 1959, decide abrir uma livraria na pacata vila de Hardborough, no litoral de Inglaterra. Com essa iniciativa inovadora vai criar anti-corpos com os habitantes que integram a elite retrógrada do lugar.
Sendo um filme de silêncios, a acção é lenta, deixando, por vezes algumas lacunas aparentemente incompreensíveis. Por exemplo, talvez se exigisse mais vivacidade na actuação de Emily Mortimer quando interage com a poderosa Violet Gamart (Patricia Clarkson) e com o advogado Mr. Thomton (Jorge Suquet) que tudo fazem para impedir a abertura da livraria.
Contudo, na minha opinião, essa forma de agir é facilmente ultrapassada pelo destaque dado às expressões faciais e aos olhares da actriz que tão bem expressam manifestações de dúvida, indignação, ternura, simpatia, coragem e desespero.
Há duas personagens que se destacam pela positiva e que apoiam Florence Green, Mr. Brundish (Bill Nighy), o velho e elegante recluso e leitor ávido de boa literatura com quem vive um amor platónico e Christine (Honor Kneafsey) a menina ajudante da livraria, que se vai revelar numa figura importante e encantadora ao longo da trama.
Outro aspecto muito importante do filme e que apreciei bastante é a referência a alguns livros clássicos como Fahrenheit 451, de Ray Bradbury e Lolita, de Vladimir Nabokov. Destaco também alguns sinais e presságios presentes no filme, quer em citações de autores e poetas bem como na exposição das capas de alguns livros famosos.
Trailer:
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