Jean Nouvel, arquitecto parisiense de 62 anos, foi o grande vencedor do Pritzker Architecture Prize. A cerimónia daquele que é considerado o mais prestigioso prémio de Arquitectura mundial, terá lugar no dia 2 de Junho, na Biblioteca do Congresso, em Washington.
Segundo o júri responsável pela atribuição do galardão, “das muitas frases que podem ser usadas para descrever a carreira do arquitecto Jean Nouvel, as mais importantes são aquelas que enfatizam a sua coragem em perseguir novas ideias e o seu desafio face às normas estabelecidas no intuito de alargar as fronteiras da Arquitectura”. O Prémio Pritzker tem por objectivo homenagear um arquitecto vivo cuja combinação de talento, visão e empenho originou um contributo consistente e significativo para a Humanidade e para o Património Construído.
Man Ray EUA, Filadélfia, 1890 - França, Paris, 1976
"A natureza não cria obras de arte. Somos nós, com a peculiar capacidade de interpretação do cérebro humano, que vemos arte". Man Ray
Man Ray - pseudónimo de Emmanuel Rudnitzky, formado por duas pequenas sílabas, que significam homem (man), e raio (ray) de luz ou de sol.
Antes de se estabelecer em Paris, onde desembarcou em 14 de Julho de 1921, Man Ray já era uma figura de primeiro plano do Dadaísmo, em Nova Iorque. Toda a sua obra tem profundas ligações com o movimento Dada e com o Surrealismo, tendo participado nas mais importantes exposições destes movimentos artísticos da 1ª metade do século XX. Foi um dos fotógrafos mais importantes do século XX, mas também pintor e realizador cinematográfico.
Nas suas fotografias podem-se destacar várias linhas de força, como o jogo de luz-sombra, visível em quase toda a sua obra.
Fotografou também com especial interesse, quer a natureza quer o meio urbano, com destaque para a sua cidade adoptiva, Paris, e o mundo da moda. Além de ter sido um artista com notáveis capacidades de observação e composição, Man Ray desenvolveu um grande trabalho de laboratório, aprofundando e desenvolvendo técnicas fotográficas.
Artista multifacetado e vanguardista procurou ultrapassar as fronteiras disciplinares, e as tendências puristas da época.
A mulher que dá corpo à fotomontagem do violino é KiKi de Montparnasse (nome artístico, musa na Paris Vanguardista, pousou para vários pintores: Picasso, Modigliani, Kisling, Matisse, entre outros.
A revista LER, fundada em 1987, regressa às bancas, sob a direcção de Francisco José Viegas. Totalmente renovada, apresenta uma nova imagem gráfica. De carácter geral, no âmbito da língua portuguesa, este número dispõe de um grande número de colaboradores e colunistas que se pronunciam sobre livros e sobre a vida que anda neles.
J o s é S aramago – A Consi s t ê n c i a d o s Son h o s 24 de Abril a 27 de Julho de 2008 Galeria de Pintura do Rei D. Luís I Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa
Visitas guiadas para escolas
Segundas, Terças, Quintas, e Sextas: às 10:15 e às 14:00
Marcações a partir de 28 de Abril.
Preço: €1 por pessoa (aluno e professor)
VISITAS guiadas Para o PÚBLICO EM GERAL A partir de 28 de Abril Segundas e Quintas: 15:00Terças e Sextas: 11:00 Sábados, Domingos e feriados: 15:00 Entrada: € 3 Informações sobre a exposição: 21 365 08 00
A exposição é um projecto da Fundação César Manrique, sedeada em Lanzarote, resultando do trabalho de investigação desenvolvido durante mais de dois anos pelo Comissário Fernando Gómez Aguilera. Pretendendo divulgar, em discurso visual, a obra literária e o pensamento crítico deste escritor português agraciado em 1998 com o Prémio Nobel da Literatura, a exposição conta com uma forte componente multimédia, recorrendo ao uso de suportes digitais e audiovisuais, e exibe um conjunto de documentos inéditos do espólio de Saramago.
Extrait du Cahier d'un Retour au pays natal (Présence Africaine éditeur)
Il me suffirait d'une gorgée de ton lait jiculi pour qu'en toi je découvre toujours à même distance de mirage - mille fois plus natale et dorée d'un soleil que n'entame nul prisme - la terre où tout est libre et fraternel, ma terre.
Partir. Mon coeur bruissait de générosités emphatiques. Partir... j'arriverais lisse et jeune dans ce pays mien et je dirais à ce pays dont le limon entre dans la composition de ma chair : « J'ai longtemps erré et je reviens vers la hideur désertée de vos plaies ».
Je viendrais à ce pays mien et je lui dirais : Embrassez-moi sans crainte... Et si je ne sais que parler, c'est pour vous que je parlerai». Et je lui dirais encore : « Ma bouche sera la bouche des malheurs qui n'ont point de bouche, ma voix, la liberté de celles qui s'affaissent au cachot du
désespoir. »
Et venant je me dirais à moi-même : « Et surtout mon corps aussi bien que mon âme, gardez-vous de vous croiser les bras en l'attitude stérile du spectateur, car la vie n'est pas un spectacle,car une mer de douleurs n'est pas un proscenium, car un homme qui crie n'est pas un ours qui danse... »
O poeta martinicano Aimé Césaire, considerado o pai do "movimento negritude", faleceu nesta quinta-feira aos 94 anos em Fort de France (Martinica), Antilhas Francesas, no centro médico onde se encontrava hospitalizado desde 9 de abril.
Aimé Césaire nasceu na Martinica, América Central, em 1913. Em 1931 ganhou uma bolsa de estudos e foi estudar em Paris. Em 1934 fundou a revista "O Estudante Negro", com Senghor e outros militantes do movimento. Em 1936 começou a escrever e três anos mais tarde retornou à Martinica. Em 1941 fundou a revista "Trópicos". A partir de 1945 iniciou carreira na política ao ser eleito prefeito da capital, Fort de France, chegando mais tarde a ser eleito também deputado.
Em 1950, publica o "Discours sur le colonialisme", discurso sobre o colonialismo, texto virulento contra o ocidente, empoleirado no "alto do morte de cadáveres da humanidade" e dá a sua obra um aspecto universal.
Defensor do mundo negro e de sua revolta contra o colonizador, se definia "fundamentalmente poeta, mas poeta comprometido" e "negro, negro, desde o fundo do céu imemorial". Césaire é autor de uma obra veemente e reivindicativa, às vezes muito próxima do surrealismo e que se propagou com os movimentos de luta contra a colonização. Aimé Césaire teve influência maior sobre várias gerações de escritores e intelectuais no mundo.
O autor de Cahier d'un retour au pays natal , escrito no fim dos anos 30, e no qual dizia: "minha negritude não é uma ou uma catedral, ela mergulha na carne vermelha do solo", consagrou a sua vida à literatura e à política, nas quais plasmou todos seus combates contra o colonialismo e o racismo.
Exposição sobre a vida e obra de José Saramago, a partir de 23 de Abril, no Palácio da Ajuda.
A inauguração da exposição coincide com o Dia Mundial do Livro para "associar o nome do escritor que incrementou a leitura em Portugal e no mundo com um grande conjunto de iniciativas paralelas em escolas de todo o País e na Rede Pública de Bibliotecas". A Biblioteca Nacional e o Instituto dos Museus e da Conservação tutelam a exposição.
Agora que somos de novo confrontados com a questão do acordo ortográfico, relembro o " Poema de Helena Lanari" escrito por Sophia de Mello Breyner Andresen:
Gosto de ouvir o português do Brasil Onde as palavras recuperam sua substância total Concretas como frutos nítidas como pássaros Gosto de ouvir a palavra com as suas sílabas todas Sem perder sequer um quinto da vogal
Quando Helena Lanari dizia o "coqueiro" O coqueiro ficava muito mais vegetal.
_______ Não será a variedade linguística que torna, a língua de todos nós, mais rica e apaixonante? Como eu compreendo Sophia
Vasco Graça Moura vence Prémio de Tradução 2007 do Ministério da Cultura italiano. Escritor, poeta, cronista, tradutor e eurodeputado, Graça Moura distinguiu-se pela tradução de algumas das principais obras italianas como Divina Comédia e Vita Nuova, de Dante Alighieri, e ainda Rime e Trionfi de Francesco Petrarca.
Graça Moura viu, assim, reconhecido o seu trabalho e valorizada a sua vasta e multifacetada obra .
A Câmara Municipal de Sines vai inaugurar, em Abril,na antiga estação dos caminhos-de-ferro,a nova Escola das Artes de Sines, visando no futuro um projecto artístico mais amplo para servir a região em que se integra. A música é o primeiro serviço a avançar, com um trimestre de experiência piloto entre Maio e Julho e o início das actividades curriculares em Setembro. Futuramente, serão desenvolvidas actividades de formação em outras áreas artísticas, nomeadamente a dança, o teatro e as artes plásticas.
Um excelente projecto para o município que vem preencher uma lacuna já há muito identificada e que poderá potenciar o Centro de Artes (CAS).
En fait, ça fait un moment que se croisent dans ma tête Des mots et des douceurs qui pourraient faire un texte Un truc un peu différent, je crois que ça parlerait d'elle Faut avouer que dans mon quotidien, elle a mis un beau bordel
Mais j'ai un gros souci, j'ai peur que mes potes se marrent Qu'ils me disent que je m'affiche, qu'ils me traitent de canard C'est cette pudeur misogyne, croire que la fierté part en fumée Quand t'ouvres un peu ton coeur, mais moi cette fois je veux assumer
J'ai un autre problème, il est peut-être encore plus lourd C'est que t'as pas droit à l'erreur quand t'écris un texte d'amour Moi, les trois prochains couplets, je voudraient que ça soit des bombes Si j'écris un texte sur elle, je voudrais que ça soit le plus beau du monde
Elle mérite pas un texte moyen, j'ai la pression, ça craint Fini de faire l'intéressant, avec mes voyages en train Là c'est loin d'être évident, moi je sais pas comment on fait Pour décrire ses sentiments, quand on vit avec une fée
Il faut avouer qu'elle a des yeux, ils sont même pas homologués Des fois ils sont verts, des fois jaunes, je crois même que la nuit ils sont violets Quand je m'enfonce dans son regard, je perds le la je n'touche plus le sol Je me perds profondément, et j'oublie exprès ma boussole
Depuis que je la connais, je ressens des trucs hallucinants Je me dis souvent que j'ai eu de la chance de lui avoir plu, sinon J'aurais jamai su qu'un rire pouvait arrêter la Terre de tourner J'aurais jamais su qu'un regard pouvait habiller mes journées
Je comprends pas tout ce qui se passe, y a pleins de trucs incohérents Depuis qu'elle est là rien n'a changé, mais tout est différent Elle m'apporte trop de désordre, et tellement de stabilité Ce que je préfère c'est sa force, mais le mieux c'est sa fragilité
Ce n'est pas un texte de plus, ce n'est pas juste un poème Parfois elle aime mes mots, mais cette fois c'est elle que mes mots aiment Je l'ai dans la tête comme une mélodie, alors mes envies dansent Dans notre histoire rien n'est écrit, mais tout sonne comme une évidence
J'ai redécouvert comme ça réchauffe d'avoir des sentiments Mais si tu me dis que c'est beaucoup mieux de vivre sans, tu mens Alors je les mets en mots et tant pis si mes potes me chambrent Moi je m'en fous, chez moi y a une sirène qui dort dns ma chambre
J'avais une vie de chat sauvage, elle l'a réduite en cendres J'ai découvert un bonheur tout simple, c'est juste qu'on aime être ensemble On ne calcule pas les démons du passé, on n'a pas peur d'eux Moi si un jour j'suis un couple, je voudrais être nous deux
Y a des sourires et des soupires, y a des fou rires à en mourir On peut s'ouvrir et s'en rougir, déjà se nourrir de nos souvenirs Les pièges de l'avenir nous attendent, mais on n'a pas peur d'eux Moi si un jour j'suis un couple, je voudrais être nous deux
Et si c'est vrai que les mots sont la voix de l'émotion Les miens prennent la parole pour nous montrer sa direction J'ai quitté le quai pour un train spécial, un TGV palace On roule à 1000km/h, au dessus de la mer, en première classe
Et si c'est vrai que les mots sont la voix de l'émotion Les miens prennent la parole pour nous montrer sa direction~ J'ai quitté le quai pour un train spécial, un TGV palace On roule à 1000km/h, au dessus de la mer, en première classe
Grand Corps Malade (Fabien Marsaud) tornou-se, graças à sua voz, num dos cantores principais da música francesa actual.
É o melhor representante do Slam francês, lançou agora um novo disco - Enfant de la ville. Entre sensibilidade e humor, vai esculpindo as palavras dos seus textos para as servir ritmadas e doces. Por detrás da sua voz, ouve-se a música de um piano e por vezes um pouco de ritmo groovy, mas o verdadeiro encanto das suas canções é mesmo a sua voz profunda, melancólica e cheia de poesia.
Progressivamente, Grand Corps Malade vai-se impondo como o mestre de uma nova poesia urbana e moderna.
Grandes de África no FMM. Quatro dos mais importantes projectos da música africana actual apresentam-se, em Julho, na 10.ª edição do Festival Músicas do Mundo de Sines.
Orchestra Baobab (Senegal), Kasaï Allstars (República Democrática do Congo), Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali) e Juldeh Camara & Justin Adams (Gâmbia / Reino Unido) são os quatro novos nomes confirmados do alinhamento do Festival Músicas do Mundo 2008, o maior evento do género realizado em Portugal, que tem lugar em Sines e Porto Covo entre os dias 17 e 26 de Julho.Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali) é o primeiro grande destaque da programação africana do FMM 2008.
Dia 17 de Julho, Bassekou Kouyaté, antigo músico de Ali Farka Touré, sobe ao palco com o seu quarteto de "ngoni" (tipo de alaúde africano) para um espectáculo de "blues" malianos assente no disco de estreia "Segu Blue", que acaba de ser considerado o melhor de 2007 nos prestigiados prémios BBC Radio 3 Awards for World Music. A banda está também nomeada para melhor do ano na categoria “África”.
Os Kasaï Allstars são o super-grupo da música "trance" congolesa.
Revelados ao mundo no contexto do projecto “Congotronics”, cruzam ritmos de transe nativos com experiências domésticas de amplificação eléctrica de instrumentos tradicionais. Em relação a outros representantes desta estética, distinguem-se pela força visual do seu espectáculo, com o grupo de dançarinos em fatos e pinturas tradicionais a tomar conta do palco desde o primeiro minuto. Actuam dia 23 de Julho.
Um dos discos mais explosivos de 2007, "Soul Science", é trazido a Sines por Juldeh Camara & Justin Adams, nomeados para os prémios de “world music” da BBC Radio 3 na categoria "Cruzamento de culturas". O inglês Justin Adams, guitarrista de Robert Plant, produziu três discos dos Tinariwen e agora junta-se ao gambiano Juldeh Camara (vocalista e mestre do"riti", violino de uma corda tocado por toda a África Ocidental) para uma combinação de rock e afro-blues que vai aquecer a noite de 23 de Julho.
Originária de um dos países musicalmente mais fortes do continente, o Senegal, a Orchestra Baobab é um das bandas pioneiras da pop africana. Fundada em 1970, funde ritmos afro-cubanos, rumba congolesa, “high life” e um amplo leque de ritmos locais. Em 2003, venceu dois prémios BBC Radio 3 (melhor grupo africano e melhor álbum do ano) e recebeu uma nomeação para um Grammy. O concerto de Sines, que terá lugar na noite de 24 de Julho, será baseado no disco lançado no final de 2007, “Made in Dakar”, um dos cinco melhores do ano para a BBC.
O FMM Sines apresentará 38 concertos na sua edição de 2008. Serão distribuídos por quatro palcos: Centro de Artes, Castelo e Avenida Vasco da Gama, na cidade de Sines, e palco de Porto de Covo.
Depois do sucesso da colecção de audiolivros “Livros para Ouvir”, a 101 Noites lança um novo título para assinalar o Dia da Mãe. O audiolivro Querida Mãe lido pelo actor Filipe Vargas acompanha o livro Mãe – uma antologia literária.
Este livro será lançado no Dia Mundial do Livro, dia 23 de Abril, pelas 19h, no Bairro Alto Hotel.
Querida Mãe reúne cartas de Lord Byron, Edgar Allan Poe, Gogol, Baudelaire, Flaubert, Dostoievski, Tolstoi, Rimbaud, Oscar Wilde, Proust e Fernando Pessoa às suas mães. Estes escritores revelam nesta correspondência as suas angústias e as suas conquistas, disputas e reconciliações, desgostos e alegrias e, acima de tudo, o seu profundo amor filial. Na sua maioria inéditas em português, estas páginas íntimas constituem, graças às biografias que as acompanham, um documento valioso para o conhecimento da vida e obra de alguns dos maiores vultos da literatura mundial. Uma homenagem a todas as mães do mundo.
O livro Mãe – uma antologia literária reúne textos de grandes vultos da literatura nacional e internacional. Uma viagem não só pela escrita de diferentes autores, estilos e épocas, como pela diversidade dos significados que a maternidade pode assumir.De Camões a Florbela Espanca, de Eça de Queirós a António Nobre, de Victor Hugo a Baudelaire, de Oscar Wilde a Proust, de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro, de Marguerite Duras a José Luís Peixoto, os escritores reunidos nesta antologia dão o seu contributo para a criação de um “panegírico mundial” à figura ímpar da Mãe. Porque, sem dúvida, o amor materno é o sentimento mais puro e genuíno e, como disse Balzac, “O coração de uma mãe é como um abismo no fundo do qual encontramos sempre perdão”.
Pocas semanas después del anuncio de su publicación en lengua española por parte de Editorial Planeta (17 de abril), El Juego del Ángel de Carlos Ruiz Zafón se ha convertido ya en el acontecimiento editorial del año en todo el mundo.Los contratos para los principales países ya se han cerrado, y prevén lanzamientos de primer orden, con expectativas que constituyen récords. Doubleday publicará la novela en Estados Unidos, Orion lo hará en el Reino Unido, Fischer en Alemania, Mondadori en Italia, Robert Laffont en Francia, Bruna en Holanda y Text en Australia. Mientras tanto, siguen las negociaciones para el resto de países, que se irán cerrando las próximas semanas. El Juego del Ángel se va a convertir así en el libro estrella de la Feria Internacional de Londres que tendrá lugar la próxima semana. La nueva novela de Carlos Ruiz Zafón será publicada en tantos países como La Sombra del Viento (más de cincuenta). Millones de lectores en todo el mundo han convertido La Sombra del Viento en un libro único y fascinante, un auténtico icono de la nueva literatura, y a Carlos Ruiz Zafón en uno de los autores más leídos y reconocidos en todo el mundo. La Sombra del Viento, publicada por Editorial Planeta en mayo de 2001, lleva vendidos más de 10 millones de ejemplares.
Desgraçado o homem, mas feliz o artista a quem o desejo dilacera. Anseio por pintar aquela que me apareceu de surdina e tão depressa fugiu, como algo belo qu com pena deixa para trás o viajante a mergulhar na noite. Há quanto tempo ela desapareceu!
Ela é bonita, é mais que bonita: ela é surpreendente. Nela o negro prevalece; e tudo o que ela inspira é nocturno e profundo. Os seus olhos são duas grutas onde cintila vagamente o mistério, e o seu olhar ilumina como o relâmpago; é uma explosão nas trevas.
Compará-la-ia a um sol negro, se pudéssemos conceber um astro negro derramando luz e felicidade. Mas ela faz pensar mais na lua, que sem dúvida a marcou com a sua temível influência; não a lua branca dos ídolos, que se parece com uma recém-casada, mas a lua sinistra e inebriante, suspensa lá no fundo duma noite tempestuosa e transtornada pelas nuvens qu correm; não a Lua sossegada e discreta que visita o sono dos homens puros, mas a Lua arrancada do céu, vencida e revoltada, que as feiticeiras tessálicas constrangem duramentea dançar sobre a erva terrificada!
No seu pequeno rosto habitam a vontade tenaz e o amor da presa. No entanto, por baixo dessa face inquietante, onde narinas móveis aspiram o desconhecido e o impossível, rebenta, com uma graça inexprimível, o riso de uma grande e deliciosa boca vermelha e branca, que faz sonhar com o milagre de uma soberba flor, nascida num terreno vulcânico.
Há mulheres que inspiram o desejo de vencer ou de as gozar; mas esta provoca o desejo de morrer lentamente sob o seu olhar.
Editor: Dom Quixote ISBN: 978-972-20-2983-4 Páginas: 424
Colecção: FICÇÕES
Depois de ter permanecido durante 140 semanas na lista dos livros mais vendidos na Alemanha, com 2,5 milhões de exemplares vendidos e traduzido para 15 línguas, Nachtzug nach Lissabon foi finalmente publicado em português. "Um sucesso inesperado", segundo o próprio autor, o suíço Peter Bieri, que assina a obra com o pseudónimo literário Pascal Mercier.
Peter Bieri nasceu em Berna em 1944 e actualmente vive na Alemanha. Filho da pequena burguesia, muito cedo decidiu que não queria para ele o tipo de vida que os homens da casa levavam.
A história começa numa manhã chuvosa, uma mulher prepara-se para saltar de uma ponte, em Berna. Raimund Gregorius evita que ela o faça. A mulher depressa desaparece, mas antes escreve um número de telefone na testa deste professor míope, que mais tarde e por acaso, descobre um livro de um autor português, Amadeu Inácio de Almeida Prado, intitulado "Um Ourives das Palavras".
Raimund é, desde há muito tempo, professor de latim e grego, o que já o entusiasma tão pouco como o seu casamento, já em estado de desagregação.
Aprende português e, uma noite, sem conseguir explicar porquê, entra num comboio para Lisboa para descobrir a real história de Amadeu Almeida Prado, médico, que morreu 30 anos antes, em 1975, pouco depois da Revolução dos Cravos, "numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio".
Almeida Prado era filho de um austero juiz, com um sério problema físico, que se suicida durante a ditadura salazarista e que seguiu a carreira de médico por indicação do pai.
Amado pelos pobres que atendia de graça no seu consultório, passa a ser rejeitado pelo povo no dia em que aceita tratar o "Carniceiro de Lisboa", assim conhecido por ser chefe da polícia política.
Amadeu integra a resistência contra o regime de Salazar e morre pouco depois da revolução, aos 50 anos.
Lisboa torna-se para Raimund Gregorius o local de todas as revelações: dos mistérios da vida humana, da coragem, do amor e da morte.
Para além de Lisboa, Coimbra, Almada, Esposende, Viana do Castelo, Galiza e Salamanca são outros lugares percorridos por Raimund nesta viagem de autodescoberta, neste livro sobre a identidade.
Thierry (André Dussollier) é um agente imobiliário com dificuldade em encontrar um apartamento para Nicole (Laura Morante) e Dan (Lambert Wilson), um casal de clientes difícil. Na agência, Charlotte (Sabine Azéma), sua colaboradora, empresta-lhe uma cassete de uma emissão de televisão que ela adora, "As canções que mudaram a minha vida", um programa religioso de variedades que perturba fortemente Thierry. A irmã mais nova deste, Gaëlle (Isabelle Carré), procura secretamente o amor, chegando a recorrer a anúncios. Dan, militar de carreira que acabou de ser expulso do exército, passa os seus dias no bar de um novo hotel do 13.º bairro onde confidencia a Lionel (Pierre Arditi), o "barman", as suas aventuras profissionais e sentimentais com Nicole. Para assegurar o bom funcionamento do serviço à noite, Lionel viu-se obrigado a contratar uma assistente para tratar do seu pai, um homem velho, doente e em fúria. O nome dela é Charlotte. É assim que o desenvolvimento de um personagem pode perturbar o destino de um outro sem que para tal o conheça ou o venha sequer a encontrar.
FICHA TÉCNICA Título: Corações Título original: Coeurs Realizador: Alain Resnais Elenco: Sabine Azéma, Lambert Wilson, André Dussollier, Pierre Arditi, Laura Morante, Isabelle Carré e Claude Rich Classificação: M/12 Ano: 2006 País: França e Itália Género: Comédia dramática e Romântico Cor: Cores Duração: 120 minutos Distribuidor: Atalanta Filmes
4 e 5 de Abril, 21h30, grande Auditório - Culturgest
Criação 2007 de Mathilde Monnier, co-produzida pela Culturgest, Tempo 76 pesquisa uma forma recorrente da história da dança e da música: o uníssono.Forma ainda hoje muito utilizada para finalidades espectaculares em manifestações diversas – paradas militares, desfiles carnavalescos, bailados clássicos, óperas, operetas, espectáculos de revista, espectáculos musicais, etc. – o uníssono tornou-se relativamente tabu para a comunidade da dança contemporânea, tendo perdido a sua glória a favor de uma desconstrução e de uma outra utilização do espaço.Em Tempo 76 Mathilde Monnier aborda-o de modo crítico mas também jubilatório, não apenas como uma forma coreográfica mas também ao serviço de uma geografia espacial, de um espaço a construir e destruir, em que o indivíduo interage com o ambiente e o espaço está em uníssono com o gesto.
Cenografia: Annie Tolleter
Música: György Ligeti
Realização sonora: Olivier Renouf
Luz: Éric Wurtz
Figurinos: Dominique Fabrège
com assistência: de Laurence Alquier
Aconselhamento artístico: Herman Diephuis
Elaboração da partitura: Enora Rivière
Interpretação: Yoann Demichelis, Herman Diephuis, Olivier Normand, Jung-Ae-Kim, Natacha Kouznetsova, Maud le Pladec, I-Fang Lin, Arend Pinoy, Rachid Sayet
Produção: Festival Montpellier Danse 07, Théatre de la Ville – Paris, Festival d’Automne – Paris, Culturgest – Lisboa, Steirischer Herbst – Graz, La Halle aux Grains – Scène Nationale de Blois, Centre Chorégraphique National de Montpellier Languedoc-Roussillon
Martin Luther King ficou famoso por liderar protestos pacíficos contra a segregação, como ficou para sempre memorável o seu conhecido discurso «Eu tenho um sonho/ I have a dream», em Washington em 1963.
«Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais», disse Martin para aproximadamente 250 mil pessoas no Memorial Lincoln.
Em 1964 foi aprovada a lei que acabaria com a segregação racial. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1964.
A 4 de Abril de 1968, Luther King foi assassinado com um tiro, quando saiu à varanda de um motel em Memphis, onde se encontrava para se associar a um protesto de um grupo de trabalhadores do lixo da cidade em greve.