22 agosto, 2025

𝑵𝒆𝒎 𝑻𝒐𝒅𝒂𝒔 𝒂𝒔 Á𝒓𝒗𝒐𝒓𝒆𝒔 𝑴𝒐𝒓𝒓𝒆𝒎 𝒅𝒆 𝑷é, de Luísa Sobral

 

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Autora: Luísa Sobral
Título: Nem Todas as Árvores Morrem de Pé
N.º de páginas: 222
Editora: D. Quixote
Edição: Fevereiro 2025
Classificação: Romance
N.º de Registo: (Emp.)



OPINIÃO ⭐⭐⭐


 




17 agosto, 2025

𝑨 𝑴𝒂𝒕é𝒓𝒊𝒂 𝑫𝒂𝒔 𝑬𝒔𝒕𝒓𝒆𝒍𝒂𝒔, de Isabel Rio Novo




Autora: Isabel Rio Novo
Título: A Matéria Das Estrelas
N.º de páginas: 191
Editora: D. Quixote
Edição: Maio 2025
Classificação: Romance
N.º de Registo: (3711)



OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐




12 agosto, 2025

𝑺𝒆𝒋𝒂 𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂 𝒂 𝒕𝒖𝒂 𝒗𝒐𝒏𝒕𝒂𝒅𝒆, de Paulo M. Morais



Autor: Paulo M. Morais
Título: Seja feita a tua vontade
N.º de páginas: 128
Editora: Casa das Letras
Edição: Junho 2017
Classificação: romance
N.º de Registo: (3721)



OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐




10 agosto, 2025

𝑨 Ú𝒍𝒕𝒊𝒎𝒂 𝑨𝒖𝒓𝒐𝒓𝒂, de Simão Resendes Cabral



Autor: Simão Resendes Cabral
Título: A Última Aurora
N.º de páginas: 51
Editora: Editorial Novembro
Edição: Dezembro 2024
Classificação: Poesia
N.º de Registo: (3678)


OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐



Simão Resendes Cabral publica o seu primeiro livro de poesia. São doze os poemas que constituem A Última Aurora. Tratando-se de uma primeira obra, o autor revela já uma notável sensibilidade poética.
Estamos perante uma escrita muito visual, luminosa e sensorial com a qual o sujeito poético se propõe transpor “os portais do devaneio decisivo”; escrita de contemplação que pelo viés de metáforas e de antíteses constrói um universo de demanda e de contemplação onde o “eu”, o “nós”, envolto em silêncios, descobre novos caminhos, novas auroras, novas sensações e se permite sonhar.

“ Sonho
Transporto comigo a fórmula
Para um estado de perpétua contemplação
Com audácia, harmonizo-me continuamente
E tudo reluz como mil sonhos unidos num só brilho
Tudo repleto de vida e significado
Enche de luz a minha alma
Até ao alvorecer do meu ideal”

Que o sonho se materialize em palavras. Que este livro seja o primeiro de muitos.


04 agosto, 2025

𝑨 𝑷𝒆𝒅𝒊𝒂𝒕𝒓𝒂, de Andréa Del Fuego

 


Título: A Pediatra
N.º de páginas: 203
Editora: Companhia das Letras
Edição (3.ª): Abril 2025
Classificação: Romance
N.º de Registo: (3716)



OPINIÃO ⭐⭐⭐⭐





A Pediatra é um romance que se destaca pela abordagem provocadora e intensa que desafia o convencional sobre a maternidade e o papel da mulher na medicina e no casamento.

Ao construir uma protagonista segura e desconcertante que rejeita os papéis tradicionais atribuídos às mulheres, sobretudo o da maternidade, a autora tece uma crítica às estruturas sociais que ditam os padrões aceitáveis de uma sociedade ainda patriarcal.

Cecília, sem problemas financeiros e habituada a um conforto aburguesado, acaba com um casamento sem afecto, vive uma sexualidade plena e evita compromissos emocionais; como pediatra neonatalogista mantém um consultório com sucesso, faz parcerias com uma colega obstetra no hospital, apesar de afirmar que “detesta crianças”.

Cecília revela-se competente e pragmática, mas afasta qualquer vínculo afectivo sendo julgada, pelos seus pares, como uma pessoa fria e cínica. “O afeto é uma doença contagiosa. Prefiro manter distância.”
O romance centra-se em duas visões da prática médica: a de Cecília, racional e distante, e a de um novo pediatra adepto de práticas alternativas e acolhedoras.
A chegada deste causa-lhe alguma instabilidade profissional, na medida em que perde pacientes, mas não altera em nada a sua postura e as suas convicções.

Na minha opinião, Cecília usa a rejeição à maternidade como uma armadura. Ela constrói uma vida onde a racionalidade e o auto-domínio são os seus pontos fortes. A frieza com que trata os pacientes, mães e crianças, e a distância emocional que mantém com os seus próximos, parecem esconder algo mais vulnerável. Isto fica claro quando ela se envolve com Bruninho, o filho do amante. A sua relação com a criança escapa ao seu controle e surge uma empatia inesperada, mas não resolvida. Ela não sabe reagir com os sentimentos que a invadem e que escapam à sua lógica fria e insensível. Pelo que a sua aversão é uma defesa, mas não uma essência.

Cecília, provavelmente, não odeia as crianças — talvez ela odeie os papéis que lhe são impostos como mulher. A maternidade é encarada por Cecília como uma vontade pessoal, sem imposição. Nem toda a mulher quer ser mãe.

A narrativa feita na primeira pessoa, com um ritmo acelerado e cínico, pretende, da mesma forma, afastar o leitor emocionalmente, o que reforça a ideia de que há algo reprimido. Ao longo do romance, vamos detectando camadas complexas que causam algum desconforto:
Cecília é uma mulher, médica, bem-sucedida, mas sem qualquer traço de empatia ou de afecto; ela desmonta o arquétipo da mulher cuidadora, recusando o papel de mãe, de esposa, de profissional; ela promove uma sexualidade livre, crua e sem culpa, o que contraria a moral tradicional e a sua atitude final é completamente desconcertante.

Será que é Cecília que está errada ou é a sociedade com as suas imposições?
Convido-vos a descobrir esta personagem tão segura quanto frágil, tão detestável quanto sedutora.



03 agosto, 2025

Exposição | Figure Out (Personagens de Literatura) - Capítulo II | Ana Baleia

Exposição de esculturas têxteis criadas por Ana Baleia  a partir de personagens literárias de livros conhecidos. Encontra-se patente no Centro de Artes de Sines até 24 de Agosto. 
Iniciativa paralela da 25.ª edição do FMM