07 novembro, 2013

Albert Camus - 100 anos







Escritor, jornalista e ensaísta francês, Albert Camus nasceu a 7 de novembro de 1913 em Mondovi, na Argélia. Filho de um jornaleiro meio argelino, meio francês, e de uma espanhola analfabeta, cedo se revelou um estudante exemplar tendo-se licenciado em Filosofia pela Universidade de Argel, em 1936.

Em 1937, publicou o seu primeiro livro, uma antologia de ensaios com o título L'Envers Et L'Endroit. No ano seguinte, passou a trabalhar como jornalista no Alger Républicain.


Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Camus publicou Noces (1939), uma antologia de ensaios.

Juntou-se ao movimento da Resistência Francesa e, em 1942, publicou um dos seus principais romances, L'Étranger, obra que  dava início ao estudo do absurdo, uma constante no seu trabalho, e que representava a prova aparente, segundo Camus, da não existência de Deus.


Em 1942, publicou o ensaio filosófico LeMythe de Sisyphe: Essai Sur L'Absurde. Neste ensaio  juntou o conceito do suicídio ao conceito do marasmo do absurdo da vida (conceito que havia de caracterizar a problemática existencial de toda uma geração de autores e pensadores).

Em 1943, juntamente com o escritor Jean-Paul Sartre, fundou o jornal de esquerda Combat, de que foi editor até 1947, ano em que publicou o seu terceiro romance,  La Peste, uma alegoria à ocupação da França pelos Nacional-Socialistas em que os comportamentos humanos em situações extremas são cuidadosamente analisados. 

Rompendo pouco tempo depois com Jean-Paul Sartre, líder da corrente existencialista, Camus publicou, em 1951, L'Homme Revolté, ensaios dedicados à génese histórica do Ateísmo.

Com o título La Chute,  em 1956, retoma   a problemática da justiça humana, sempre em torno da célebre frase de Dostoievski: "Se Deus não existisse, tudo seria permitido".

Em 1957 foi Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura.

Albert Camus faleceu prematuramente, a 4 de janeiro de 1960, num acidente de viação. 


Obras
 
- Révolte dans les Asturies (Revolta nas Astúrias) ,1936, Ensaio de criação colectiva.
- L'Envers et l'Endroit (O Avesso e o Direito), 1937, Ensaio.
- Noces (Núpcias), 1939 antologia de ensaios e impressões.
- Réflexions sur la Guillotine (Reflexões sobre a Guilhotina), 1947.
- L'Étranger (O Estrangeiro), 1942, romance.
- Le Mythe de Sisyphe O mito de Sísifo), 1942, ensaio sobre o absurdo.
- Les justes (Os justos), Peça em 5 actos, Editor Gallimard, 2008.
- Le Malentendu (O malentendido), 1944, Peça em três actos.
- Lettres à un ami allemand (Cartas a um amigo alemão), publicadas com o pseudónimo de Louis Neuville, Editor Gallimard. 
- Caligula (Calígula) (primeira versão em 1941), Peça em 4 actos.
- La peste (A peste), Editor Gallimard, 1972.
- L'État de siège (Estado de sítio), (1948), Espectáculo em três partes.
- L'Artiste en prison (O Artista na prisão), 1952 prefácio sobre Óscar Wilde.
- Actuelles (Atuais) I, Crónicas,1944-1948", 1950.
- Actuelles (Atuais) II, Crónicas, 1948-1953.
- L’homme révolté (O homem revoltado), 1951.
- L'Été (O Verão), 1954, Ensaio.
- Requiem pour une nonne (Réquiem para uma freira).
- La chute (A queda), Editor Gallimard, 1972. 
- L'Exil et le Royaume (O exílio e o reino), Gallimard, 1957 contos: (La Femme adultère (A mulher adúltera), Le Renégat (O Renegado), Les Muets (Os Mudos), L'Hôte (O Hóspede), Jonas.
- La Pierre qui pousse (A Pedra que brota).
- Os discursos da Suécia, 1957.
- Carnets I (Cadernetas I), maio 1935- fevereiro 1942, 1962.
- Carnets II (Cadernetas II), janeiro 1942-março 1951, 1964.
- Carnets III (CadernetasIII), março 1951-dezembro 1959.
- La Postérité du soleil, photographies de Henriette Grindat. Itinéraire par René Char (A posteridade do Sol, fotografias de Henriette Grindat. Itinerário por René Char, edições E. Engelberts, 1965,  nova edição Gallimard, 2009.
- Les possédés (Os possessos), 1959, adaptação ao teatro do romance de Fiódor Dostoiévski.
 - Résistance, Rebellion, and Death (Resistência, Rebelião e Morte).
- Le Premier Homme (O Primeiro Homem), Gallimard, 1994, publicado por sua filha, romance inacabado.
- La mort heureuse (A morte feliz).




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