Foto: Reuters
O escritor chinês Mo Yan venceu o Nobel da Literatura pelo trabalho que o comité considerou ser de um "realismo alucinatório".
Mo Yan, de 57 anos, consegue conjugar "com realismo alucinatório, lendas, histórias e elementos contemporâneos", destacou a Academia Sueca.
Em Portugal foi publicado em 2007 o livro "Peito grande, ancas largas", traduzido por João Martins e editado pela Ulisseia.
Mo Yan (pseudónimo literário de Guan Moye) nasceu, em 1956, na província de Shandong, "no seio de uma família pobre" e "foi forçado a abandonar a escola primária durante a Revolução Cultural (1966-76)".
A sua primeira obra literária, um conto que começou a escrever enquanto ainda era soldado, saiu em 1981. Seis anos depois publicou um romance de grande sucesso, "Red Sorghum". Em 2011, Mo Yan ganhou o Premio Mao Dun, o mais importante galardão literário oficial do país, e foi eleito vice-presidente da Associação dos Escritores da China.
O seu mais recente romance, "Frog", aborda um tema especialmente sensível: a prática de abortos forçados na China devido à drástica política de controlo da natalidade imposta há três décadas sob a fórmula "um casal, um filho".
"Em todos os países há certas restrições à escrita", disse o autor numa entrevista concedida há dois anos à revista Time.
Mo Yan considera que "um escritor deve enterrar os seus pensamentos e transmiti-los através dos personagens dos seus romances".
O pseudónimo que criou significa, aliás, "não fales".
Mo Yan considera que "um escritor deve enterrar os seus pensamentos e transmiti-los através dos personagens dos seus romances".
O pseudónimo que criou significa, aliás, "não fales".
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