A procura da identidade e das raízes da família é o tema principal de "Portugal", o novo livro de banda-desenhada de Cyril Pedrosa, francês luso-descendente, hoje lançado em França.
Pedrosa levou mais de três anos para acabar a obra, de quase 260 páginas, que começou em 2007, quando viajou para Portugal para participar no Festival da Amadora, e era uma das mais aguardadas edições da temporada.
Desde a capa, com o casario do Bairro Alto, até aos bastidores daquele festival e sobretudo os dias passados numa inventada Marinha da Costa, Portugal domina na quase totalidade a obra, que sai com a chancela da coleção "aire libre", da editora Dupuis.
Nascido em Poitiers e sem falar português, Cyril Pedrosa, 38 anos, cria um personagem com muitas semelhanças com ele - Simon Muchat, que fica a saber que vem da família Mucha (o T foi acrescentado em França), de Marinha da Costa.
A família de Pedrosa é da Figueira da Foz, que tem tudo a ver graficamente com a Marinha da Costa do livro, nomeadamente o cemitério, um dos locais de maior intensidade narrativa.
Pedrosa assume que o seu "Portugal" é uma mistura de ficção e de escrita autobiográfica, com muita emoção envolvida, sobretudo porque o regresso só se deu passados 23 anos e tinha ficado pouco mais que imagens difusas.
in DN ARTES
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