O romance Torto Arado do brasileiro Itamar Vieira Junior venceu o Prémio Leya. Segundo o júri desta 10.ª edição, o Prémio Leya foi concedido por unanimidade. O júri referiu que se trata de "Um romance que parte de uma realidade concreta, em que situações de opressão quer social quer do homem em relação à mulher, a narrativa encontra um plano alegórico, sem entrar num estilo barroco, que ganha contornos universais", e acrescenta que o livro premiado "destaca-se pela qualidade literária de uma escrita em que se reconhece plenamente o autor".
Além de autor, é geógrafo de formação e doutorado em Estudos Étnicos e Africanos. Nasceu em 1979 e é natural de São Salvador da Bahia.
348 originais provenientes de 13 paises apresentaram-se a concurso, dos quais foram selecionados sete obras para a decisão final.
Antes deste autor já venceram o Prémio Leya o escritor brasileiro Murilo Carvalho, o moçambicano João Paulo Borges Coelho, e os portugueses João Ricardo Pedro Portugal, Nuno Camarneiro, Gabriela Ruivo Trindade Portugal, Afonso Reis Cabral, António Tavares Portugal e João Pinto Coelho.
O Prémio Leya, que tem como objetivo distinguir um romance inédito escrito em português. A primeira edição realizou-se em 2008. O prémio só não foi atribuído por duas vezes, em 2010 e 2016, devido ao júri considerar que as obras a concurso não tinham o nível que o galardão exige.