No Centro de Artes de Sines, às 21h30, O Teatro do Mar apresenta "Âmbulo"
Neste espaço pretende-se divulgar actividades culturais/educativas/lúdicas ou simplesmente participar, partilhar opiniões, viajar...
27 março, 2014
21 março, 2014
Um poema de Al Berto no Dia Mundial da Poesia
OUTRO DIA
cai na manhã do coração desolado
a toutinegra que longe daqui cantava e
nesse instante
a tristeza do rosto subiu ao lábios
para queimar a morte próxima do corpo e
da terra
mas se a noite vier
cheia de luzes ilegíveis de véus
de relógios parados - ergue as asas
fere o ar que te sufoca e não te mexas
para que eu fique a ver-te estilhaçar
aquilo que penso e já não escrevo - aquilo
que perdeu o nome e se bebe como cicuta
junto ao precipício e à beleza do teu corpo
depois
deixarei o dia avançar com o barco
que levanta voo e traz as más notícias dos jornais
e o cheiro espesso das coisas esquecidas - os óculos
para ver o mar que já não vejo e um dedo incendiado
esboçando na poeira uma janela de ouro
e de vento
Al Berto, O Medo
19 março, 2014
Pai | Saudade
Terra de semente inculta e bravia,
terra onde não há esteiros ou caminhos,
sob o sol minha vida se alonga e estremece.
Pai, nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.
Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.
Depois... Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.
Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.
O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar... E o outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.
Escutarei de noite as tuas palavras:
... menino, meu menino...
E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.
Pablo Neruda, in "Crepusculário"
11 março, 2014
Leituras de fevereiro
A Bibliotecária de Auschwitz é um daqueles livros que deixam marcas e que te impedem de iniciar outro porque ainda estás a viver no mundo interior da sua história.
Firmin é uma história divertida e triste que os apaixonados por livros não podem deixar de ler.
07 março, 2014
02 março, 2014
Morreu o realizador francês Alain Resnais (1922-2014)
O mestre do cinema francês Alain Resnais, realizador do clássico dos anos 60 "Hiroshima Meu Amor", morreu sábado à noite em Paris, aos 91 anos.
O realizador foi homenageado, neste anoa, na 64ªedição do Festival de Berlim, onde estreou o seu último filme, "Amar, beber e cantar".
Autor de clássicos como "Hiroshima Meu Amor" "Nuit et Brouillard" e "O Último Ano em Marienbad", Alain Resnais é uma referência fundamental na história do moderno cinema francês.
"Hiroshima meu amor" (com argumento de Marguerite Duras) foi a sua primeira longa-metragem, em 1959.
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