Neste espaço pretende-se divulgar actividades culturais/educativas/lúdicas ou simplesmente participar, partilhar opiniões, viajar...
31 janeiro, 2011
20 janeiro, 2011
Museu Gulbenkian eleito por site americano um dos sete "melhores pequenos museus do mundo"
Lisboa, 20 jan (Lusa) - O Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, foi eleito pelo sítio online de viagens norte-americano "The Savvy Explorer" um dos sete “Melhores Pequenos Museus do Mundo”, grupo onde figuram espaços museológicos de Paris, Veneza e Zurique.
De acordo com uma nota divulgada pelo Museu, inaugurado na sede da fundação, em Lisboa, em 1969, com o espólio do empresário e colecionador arménio Calouste Gulbenkian, o editor do sítio, Michael Tulipan, destaca a apresentação “engenhosa” da coleção.
Descrevendo Calouste Gulbenkian como "um colecionador ávido", Tulipan destaca ainda o percurso expositivo deste museu montado por ordem cronológica e por área geográfica, proporcionando ao visitante "uma viagem pela história mundial da cultura humana, região por região".
Considera ainda “imperdíveis” os quadros “notáveis” de Pascal Dagnon-Bouveret e as peças “meticulosas” de Arte Nova produzidas por René Lalique que podem ser vistas no museu Gulbenkian.
Neste conjunto escolhido por Michael Tulipan estão outros seis "pequenos museus", como a Kunsthaus Zurich (Zurique), o Musée de l'Orangerie (Paris) e a Colecção Peggy Guggenheim (Veneza), na Europa, e os museus The Clark (Massachusetts), Phoenix Museum of Art (Arozona) e a Frick Collection (Nova Iorque), nos Estados Unidos.
Para justificar as escolhas, Michael Tulipan sustenta que as grandes cidades, a nível mundial, possuem centros de arte famosos - como o MOMA, em Nova Iorque, o Louvre, em Paris, ou o Prado, em Madrid -, recebem um grande número de visitantes, mas que os museus mais pequenos "podem merecer também uma visita".
"Além de proporcionarem uma visão mais concisa sobre um período ou artista, revelam-se excelentes escolhas para os visitantes que têm limitações de tempo ou para aqueles que visitaram já os grandes museus", justifica ainda.
Visitado diariamente por mais de 2.000 internautas, o "The Savvy Explorer" (www.thesavvyexplorer.com), também edita guias sobre cidades e é especialmente dirigido a turistas que pretendem tirar o máximo partido das suas viagens sem gastar muito dinheiro.
Apresenta ainda sugestões sobre os melhores restaurantes, hotéis e locais para visitar.
Segundo o Turismo de Portugal, este sítio sobre viagens está a preparar um guia sobre Lisboa.
AG.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim
19 janeiro, 2011
Eugénio de Andradre (19.1.1923/13.6.2005)
AS PALAVRAS
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam;
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
(CORAÇÃO DO DIA)
18 janeiro, 2011
Um cê a mais - Manuel Halpern
Prix des Deux Magots
Le prix des Deux Magots a été fondé en 1933, le jour même où le prix Goncourt était attribué à André Malraux pour son roman La Condition humaine.Ce jour-là une bibliothécaire de l'Ecole des beaux-arts et Roger Vitrac l'auteur de Les Enfants au pouvoir, prenant l'apéritif à la terrasse des Deux Magots décidèrent de créer un prix littéraire." - Constituons un jury de treize membres choisis parmis nos amis. Nous verserons chacun 100 francs et nous couronnerons l'ouvrage d'un jeune écrivain qui recevra 1300 francs, ce qui n'est pas négligeable".Vers 18 heures la majorité du jury était réunie et c'est à main levée que le premier prix des Deux Magots était attribué au premier roman d'un jeune écrivain nommé Raymond Queneau pour son livre Le Chiendent. Le lendemain, Monsieur Boulay, propriétaire du café, apprenant par les journaux la création du prix des Deux Magots, proposait de régler dans l'avenir le montant du prix.
- 2010 Bernard Chapuis Le Rêve entouré d'eau (Stock)
- 2009 Bruno de Cessole L'Heure de la fermeture dans les jardins d'Occident (La Différence)
- 2008 Dominique Barbéris Quelque chose à cacher (Gallimard)
- 2007 Stéphane Audeguy Fils unique (Gallimard)
- 2006 Jean-Claude Pirotte Une adolescence en Gueldre (La Table Ronde)
- 2005 Gérard Oberlé Retour à Zornhof (Grasset)
- 2004 Adrien Goetz La Dormeuse de Naples (Le Passage)
- 2003 Michka Assayas Exhibition (Gallimard)
- 2002 Jean-Luc Coatalem Je suis dans les mers du Sud : Sur les traces de Paul Gauguin(Grasset)
- 2001 François Bizot Le Portail (La Table Ronde)
- 2000 Philippe Hermann La Vraie Joie (Belfond)
- 1999 Marc Dugain La chambre des officiers (Jean-Claude Lattès)
- 1998 Daniel Rondeau Alexandrie (Nil)
- 1998 Eric Faye Je suis le gardien du phare, et autres récits fantastiques (José Corti)
- 1997 Eve de Castro Nous serons comme des dieux (Albin Michel)
- 1996 Éric Neuhoff Barbe à papa (Belfond)
- 1995 Pierre Charras Monsieur Henri (Mercure de France)
17 janeiro, 2011
Patagónia Express – Luis Sepúlveda
Colóquio Internacional Sophia de Mello Breyner Andresen
16H 18H |
A confluência nestes três dias da cerimónia de entrega do Espólio, da abertura da Exposição e da realização do Colóquio visa sublinhar a importância da obra da Autora, ao mesmo tempo que se proporciona a investigadores portugueses e estrangeiros o acesso a documentos (autógrafos e outros) que possibilitarão novas perspectivas de estudo.
Para levar a cabo estes projectos foi determinante a cooperação do Centro Nacional de Cultura através do empenho do seu presidente, Guilherme d'Oliveira Martins, assim como de Teresa Tamen e Conceição Reis Gomes.
As iniciativas referidas assinalam a conclusão da primeira fase de trabalho sobre este Espólio, que consistiu na inventariação - organização, classificação e identificação - dos documentos. Estas tarefas foram realizadas entre Setembro de 2008 e Setembro de 2010, por Manuela Vasconcelos (técnica da BNP) e por Maria Andresen de Sousa Tavares, com a participação temporária de Luísa Sarsfield Cabral. O trabalho decorreu nas instalações do Centro Nacional de Cultura, que disponibilizou para esse efeito todo o apoio logístico necessário. A equipa contou com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Banco Português de Investimento.
A obra de Sophia na Colóquio/Letras
MUROS DE ABRIGO, DE ANA VIEIRA
Hall e Nave
tel.: 21.782 3474
até 27 março
3ª a domingo, 10h-18h
16 janeiro, 2011
Paulo Nozolino, “Makulatur”
INAUGURAÇÃO:
24 de Fevereiro 2011, 22h
O fotógrafo Paulo Nozolino vai mostrar 12 fotografias em seis dípticos numa exposição intitulada 'Makulatur', que será inaugurada a 24 de Fevereiro na Galeria Quadrado Azul, em Lisboa.
De acordo com a galeria, os temas das imagens prendem-se com "a perda, a raiva e a mácula". Esta exposição é definida como "a mais pessoal de sempre de Paulo Nozolino. Sóbria e contida, uma reflexão sobre a vida e a morte".
Nascido em Lisboa há 55 anos, Paulo Nozolino residiu em Londres entre 1975 e 1978, estudou fotografia e começou uma longa série de viagens pela Europa, América e Ásia, fixando-se em Paris durante a década de 1990. Publicou a obra 'Penumbra' em 1996, resultado de 12 anos de viagens pelo mundo árabe, com exposição realizada em Lisboa, no CCB. A Maison Européenne de la Photographie, em Paris, dedicou-lhe uma exposição em 2001 intitulada 'Nada', e em 2005 foi alvo de uma grande exposição antológica no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.
Recebeu o Prémio Nacional de Fotografia em 2006. No ano passado, o artista devolveu o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte/Ministério da Cultura 2009, em repúdio pelo "comportamento obsceno e de má-fé" na actuação do Estado, por motivos relacionados com impostos aos artistas.
Campanha nacional de recolha de livros para Moçambique
13 janeiro, 2011
Rodrigo Leão - Herberto Helder
Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca
com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida.
Sei que os campos imaginam as suas
próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos
de rosas. E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente
eu pudesse acordar.
Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes canta e sangra.
Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta.
Eu digo: roda ao longe o outono,
e o que é o outono?
As pálpebras batem contra o grande dia masculino
do pensamento.
Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra.
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.
- Era uma casa - como direi? - absoluta.
Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metias as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.
Apalpo agora o girar das brutais,
líricas rodas da vida.
Há no esquecimento, ou na lembrança
total das coisas,
uma rosa como uma alta cabeça,
um peixe como um movimento
rápido e severo.
Uma rosapeixe dentro da minha ideia
desvairada.
Há copos, garfos inebriados dentro de mim.
- Porque o amor das coisas no seu
tempo futuro
é terrivelmente profundo, é suave,
devastador.
As cadeiras ardiam nos lugares.
Minhas irmãs habitavam ao cimo do movimento
como seres pasmados.
Às vezes riam alto. Teciam-se
em seu escuro terrífico.
A menstruação sonhava podre dentro delas,
à boca da noite.
Cantava muito baixo.
Parecia fluir.
Rodear as mesas, as penumbras fulminadas.
Chovia nas noites terrestres.
Eu quero gritar paralém da loucura terrestre.
- Era húmido, destilado, inspirado.
Havia rigor. Oh, exemplo extremo.
Havia uma essência de oficina.
Uma matéria sensacional no segredo das fruteiras,
com as suas maçãs centrípetas
e as uvas pendidas sobre a maturidade.
Havia a magnólia quente de um gato.
Gato que entrava pelas mãos, ou magnólia
que saía da mão para o rosto
da mãe sombriamente pura.
Ah, mãe louca à volta, sentadamente
completa.
As mãos tocavam por cima do ardor
a carne como um pedaço extasiado.
Era uma casabsoluta - como
direi? - um
sentimento onde algumas pessoas morreriam.
Demência para sorrir elevadamente.
Ter amoras, folhas verdes, espinhos
com pequena treva por todos os cantos.
Nome no espírito como uma rosapeixe.
- Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados
agora nas palavras.
Prefiro cantar nas varandas interiores.
Porque havia escadas e mulheres que paravam
minadas de inteligência.
O corpo sem rosáceas, a linguagem
para amar e ruminar.
O leite cantante.
Eu agora mergulho e ascendo como um copo.
Trago para cima essa imagem de água interna.
- Caneta do poema dissolvida no sentido
primacial do poema.
Ou o poema subindo pela caneta,
atravessando seu próprio impulso,
poema regressando.
Tudo se levanta como um cravo,
uma faca levantada.
Tudo morre o seu nome noutro nome.
Poema não saindo do poder da loucura.
Poema como base inconcreta de criação.
Ah, pensar com delicadeza,
imaginar com ferocidade.
Porque eu sou uma vida com furibunda
melancolia,
com furibunda concepção. Com
alguma ironia furibunda.
Sou uma devastação inteligente.
Com malmequeres fabulosos.
Ouro por cima.
A madrugada ou a noite triste tocadas
em trompete. Sou
alguma coisa audível, sensível.
Um movimento.
Cadeira congeminando-se na bacia,
feita o sentar-se.
Ou flores bebendo a jarra.
O silêncio estrutural das flores.
E a mesa por baixo.
A sonhar.
In «Ou o Poema Contínuo», Assírio & Alvim, 2001
11 janeiro, 2011
um poema de Al Berto
lembro-me que tínhamos fome havia três dias
encostada ao mar da mesa-de-cabeceira dormia a fotografia
e o maço de português suave filtro
...a escuridão não era só exterior
conhecíamo-nos pelo tacto e pelo olfacto
tornámo-nos murmurantes
e tu refulges ainda no escuro dos quartos que conhecemos
cruzámos olhares cúmplices
falámos muito não me recordo de quê
e no calor dos corpos crescia o desejo
caminhámos pela cidade
eu metia as mãos nas algibeiras
onde tacteava tudo o que guardara e possuía
um lenço uma caixa de fósforos um bloco de notas
sentia-me feliz por quase nada possuir
a imagem azulada de tuas mãos flutuava diante de mim
gesticulava para me dizer que estávamos vivos
e apaixonados
Al Berto
05 janeiro, 2011
Morreu Malangatana
02 janeiro, 2011
MUMU de Joël Seria
Réalisé par : Joël Seria
Avec : Sylvie Testud, Baltazar Dejean de la Bâtie, Jean-François Balmer, Bruno Lochet, Antoine de Caunes, Michel Galabru, Dominique Pinon, Helena Noguerra...
1947. L'année de ses 11 ans, Roger, gosse mal aimé, espiègle et spécialiste des bêtises, est envoyé en pension dans une petite école de village où règne Mumu, l'institutrice la plus vache de la région. Renvoyé déjà de plusieurs collèges, c'est sa dernière chance d'échapper à la maison de correction que lui promet son père depuis longtemps. Mais c'est sans compter sur la vigilance de Mumu qui, sous des aspects sévères, se révèle avoir un grand coeur.