09 dezembro, 2020

𝘒𝘢𝘭𝘭𝘰𝘤𝘢í𝘯𝘢, de karin Boye

 


OPINIÃO



Em Kallocaína, narrativa distópica, o indivíduo é completamente anulado e a sociedade é completamente controlada por um regime totalitarista. O Estado Mundial é o grande manipulador e opressor. 
Leo Kall, o protagonista, trabalha como químico, na Cidade Química número 4, e desenvolveu uma substância, Kallocaína, que depois de injectada nos indivíduos, os levará a revelar todos os segredos, medos, pensamentos, sentimentos, atitudes,… “– Uma coisa, pelo menos, é certa: o último resquício da nossa vida privada desaparecerá para sempre.” (p. 62)
Este método deverá ser aprovado pelo Estado Mundial e implementado como substituto de todos os demais métodos de investigação. 

Muito à semelhança de 1984, de George Orwell, tudo é vigiado, há olhos e ouvidos em todos os lares e a assistente doméstica “estava encarregadas de apresentar um relatório sobre a família no fim de semana.” (p.11). Nesta cidade não há lugar ao amor, à intimidade, ao convívio, ao sonho, à liberdade. Há sim, lugar ao medo, ao pesadelo, à denúncia, à desconfiança e à opressão.
 
Para quem goste de distopias, é um livro a ler



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