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04 maio, 2019

as velhas de Hugo Mezena



SINOPSE

A partir de um conjunto de histórias de mulheres sem grande história, Hugo Mezena descreve, com delicadeza e mestria, as fragilidades e anseios de quem deixou de sonhar com o dia seguinte. 
Um livro extremamente tocante sobre as eternas-crianças que envelhecem dentro de cada ser humano, e a forma como o Portugal moderno as trata.
O novo livro de um autor-revelação elogiado unanimemente pela crítica literária.


OPINIÃO

Vinte e três narrativas curtas, vinte e três velhas. Em poucas palavras e numa linguagem simples, sincera e directa Hugo Mezena diz muito sobre estas mulheres que envelheceram e que vivem num mundo próprio, numa casa vazia repleta de memórias presentes, de memórias perdidas, de rotinas perdidas, de nomes esquecidos ou trocados, de poucas ou nenhumas visitas, de algumas coscuvilhices entre vizinhas, de fantasmas… 

Em todas estas histórias tão diferentes (ou talvez não) percebe-se que a solidão e a perda são pontos comuns. 

A realidade destas vidas faz parte do nosso dia-a-dia, da nossa sociedade cada vez mais insensível e alheia à velhice, aos idosos que vivem isolados, que são abandonados, que são depositados em lares e esquecidos. 

Reitero a simplicidade e a beleza das narrativas que muito nos fazem reflectir sobre o nosso presente e sobretudo sobre o nosso futuro. Antevi, de imediato, mais uma história, a da “Dona Graciosa”, pois para lá caminho…



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