04 outubro, 2017

O Tambor de lata de Günter Grass



Este romance, dividido em três partes/”livros”, narra a história, de Oskar Matzerath, um anão alemão, nascido em Danzig, na época, uma cidade sob o domínio alemão (hoje Gdänsk). 

O personagem encontra-se internado num hospital psiquiátrico após ter sido acusado de um crime que não cometeu e tenta perpetuar as memórias da sua infância e juventude, do quotidiano da sua família e amigos e, claro, da guerra e suas consequências. Para tal, serve-se do seu tambor de lata, que sempre o acompanhou, desde o seu terceiro aniversário, para narrar a sua vida ao enfermeiro Bruno. E a aparente loucura de Oskar permite que a narração, na primeira pessoa, seja também feita pelo seu tambor, confundindo-se com ele próprio. 

Günter Grass pretende criticar de forma irónica, por vezes surreal e grotesca, uma sociedade muito marcada pela guerra (invasão da Polónia e presença das tropas russas). Oskar com o seu tambor torna-se um instrumento do poder e a sua aparente loucura é uma forma de sobrevivência. Torna-se uma personagem fria, calculista, mas ao mesmo tempo feliz e sempre apaixonado.



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