05 junho, 2012

Dois poemas de Federico García Lorca (5-06-1898/19-08-1936)


de açúcar e  lúcia-lima
Oh, que planície empinada
tendo vinte sóis em cima.
Que rios postos de pé
lhe vislumbra a fantasia!
Mas continua com as flores,
enquanto de pé, na brisa,
a luz joga o xadrez
muito alto da gelosia.


de azúcar y yerbaluisa.
Oh!, qué llanura empinada
con veinte soles arriba.
que ríos puestos de pie
vislumbra su fantasía!
Pero sigue con sus flores,
mientras que de pie, en la brisa,
la luz juega el ajedrez
alto de la celosía.

_____________________

A erva cobreem silêncio
o vale pardo de teu corpo.

Já pelo arco do encontro
a cicuta vem crescendo.

Mas deixa tua lembrança.
Deixa-a sozinha em meu peito.


La hierba cubre en silencio
el valle gris de tu cuerpo.

Por el arco del encuentro
la cicuta está cresciendo.

pero deja tu recuerdo,
déjalo solo en mi pecho.


in  Antologia Poética (seleção, tradução, prólogo e notas de José Bento) pp. 73 e 367

Foto retirada do site Fundación Federico García Lorca


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