30 março, 2008

Pó dos livros


Para quem aprecia os livros e a leitura e prefere as livrarias de bairro com alma! A Livraria Pó dos Livros fica na av. Marquês de Tomar, nº59 (paralela à 5 de Outubro)em Lisboa.
Trata-se de um espaço agradável onde pode tomar um café e ouvir música ambiente enquanto os olhos absorvem palavras e mais palavras num qualquer livro desejado ou conquistado!

Hier encore



Paroles et Musique:Charles Aznavour

Hier encore
J'avais vingt ans
Je caressais le temps
Et jouais de la vie
Comme on joue de l'amour
Et je vivais la nuit
Sans compter sur mes jours
Qui fuyaient dans le temps

J'ai fait tant de projets
Qui sont restés en l'air
J'ai fondé tant d'espoirs
Qui se sont envolés
Que je reste perdu
Ne sachant où aller
Les yeux cherchant le ciel
Mais le cœur mis en terre

Hier encore
J'avais vingt ans
Je gaspillais le temps
En croyant l'arrêter
Et pour le retenir
Même le devancer
Je n'ai fait que courir
Et me suis essoufflé

Ignorant le passé
Conjuguant au futur
Je précédais de moi
Toute conversation
Et donnais mon avis
Que je voulais le bon
Pour critiquer le monde
Avec désinvolture

Hier encore
J'avais vingt ans
Mais j'ai perdu mon temps
A faire des folies
Qui ne me laissent au fond
Rien de vraiment précis
Que quelques rides au front
Et la peur de l'ennui

Car mes amours sont mortes
Avant que d'exister
Mes amis sont partis
Et ne reviendront pas
Par ma faute j'ai fait
Le vide autour de moi
Et j'ai gâché ma vie
Et mes jeunes années

Du meilleur et du pire
En jetant le meilleur
J'ai figé mes sourires
Et j'ai glacé mes pleurs
Où sont-ils à présent
A présent mes vingt ans?

Madame Butterfly



A Classic Stage apresentou Madame Butterfly da Ekaterinburg Opera, no Coliseu dos Recreios em Lisboa, nos dias 28 e 29 de Março.

Composição: Giacomo Puccini (1858-1924)
Libreto: Luigi Illica e Giuseppe Giacosa
Ópera em 3 actos, cantada em italiano, baseada no drama de David Belasco
Première no Teatro Scala em Milão, a 17 de Fevereiro de 1904

Sinopse:

A história passa-se em Nagasaki. O Japão era um país quase totalmente isolado do resto do mund, até que por volta de 1870 um presidente americano mandou uma expedição de reconhecimento a Sua Majestade Imperial, cujo intuito era forjar laços de amizade com o Império do Sol nascente. Nas décadas que se seguiram, vários Oficiais da Marinha Americana visitaram o Japão e contraíram casamentos temporários com jovens Japonesas. A história de Cio-Cio-San (Butterfly) portanto, baseia-se em factos reais e descreve as trágicas consequências de um desses casamentos contraídos com leviandade.


Personagens:

Cio-Cio-San - Butterfly, uma Geisha - soprano
Suzuki - criada de Butterfly - mezzo-soprano
B.F. Pinkerton - oficial da marinha dos EUA -tenor
Sharpless - cônsul dos EUA em ngasaki - barítono
Goro - nakodo, agente imobiliário e matrimonial -tenor
Príncipe Yamador - prometido à mão de Cio-Cio-San - barítono
Um bonzo - monge budista, tio de Cio-Cio-San - baixo
Comissário Imperial - baixo
Um notário - barítono
Kate Pinkerton -esposa americana de Pinkerton - mezzo-soprano





23 março, 2008

JE

Qui donc es-tu ? – Je suis La Personne qui Parle !
Celle qu’on nomme JE, et qui, de corps en corps,
De visage en visage et même en toute vie / forme /
A le moment pour acte et ne sait faire qu’Être

Paul Valéry, Cahiers II

17 março, 2008

Bernard Pivot

Ontem, no programa Câmara Clara, da RTP2, Paula Moura Pinheiro passou uma entrevista que fez a Bernard Pivot, aquando da apresentação do seu livro Dicionário Sentimental do Vinho, editado pela casa das letras. Trata-se de um livro muito interessante para "degustar com muito prazer". Pivot considera que o vinho é cultura e escreveu-o com base nas suas memórias, nas suas leituras e nas suas degustações. "O vinho tem o poder de encher a alma de toda a verdade, do saber, da filosofia" citação de Bossuet, um exemplo dos muitos incluidos no livro.

Pequena alusão para prestar uma singela homenagem a este homem que muito fez pela cultura francesa e que acompanhei, durante uns anos, de bem perto e de há outros (muitos) para cá, à distância, mas sempre com prazer. Programas como Apostrophe, Bouillon de Culture, La dictée d'or e mais recentemente Double Je, ficam na memória de qualquer um sobretudo se serviram de motor de arranque para a paixão dos livros, da leitura, dos autores, da música, da arte ...

Há uma frase de André Gide - "Le sage est celui qui s'étonne de tout" - que o caracteriza, de certa forma, porque sempre procurou coisas novas, surpreendendo-se e surpreendendo os outros.

Coloco um video, retirado do You tube, com a música de apresentação do programa Bouillon de Culture.

16 março, 2008

Dia da Poesia


No dia 22 de Março comemora-se no CCB o dia da poesia.
Entre as 12 e as 20 e 30 poder-se-á assistir/participar em várias iniciativas: feira do livro, exposições, conferências (15h-Fernando Pinto do Amaral fala de Cesário Verde; 16.30-Osvaldo Silvestre fala de Luís Quintais), projecção de DVD de poetas, recital de poesia com vários autores (entre as 14 e as 16) e para terminar o dia um espectáculo de música e poesia.
(Foto de Pat)

15 março, 2008

Salão do Livro - Paris


O Salão do Livro 2008 decorre de 14 a 19 Março das 9h30 às 19h00
Porte de Versailles Hall 1 - Paris.
Convidado de honra: Israël

Consultar programa em: http://www.salondulivreparis.com/1/salon_du_livre.htm

14 março, 2008

alla fiera dell'est - Angelo Branduardi



Uma extraordinária descoberta. Para quem goste deste tipo de música. Mistura de sonoridades celtas e medievais. Este disco versa sobretudo sobre o mundo animal , as letras, na sua maioria, são fábulas.



A Sala Magenta


A sala magenta, novo romance de Mário de Carvalho, um dos nomes de referência da novelística portuguesa da actualidade. Advogado de formação, escritor por opção, distinguido com mais de uma dezena de prémios, em Portugal e no Estrangeiro.

É um novo título da colecção "Campo da Palavra", da editorial Caminho.

Fala de gente de aqui e de agora, de gente - nas palavras do autor - "que se equivoca, que sofre, que se apaixona desvairadamente". É "sobre a relação sobremaneira equivocada e frustrante entre homens e mulheres. Sobre o desconsolo. Sobre a tristeza. Sobre todos nós".


Mário de Carvalho nasceu em Lisboa, em 1944. Licenciou-se em Direito, em 1969. O serviço militar foi interrompido por prisão em Caxias e, posteriormente, em Peniche, por actividade política contra a ditadura, ainda nos tempos de estudante. Mais tarde exilou-se em França e na Suécia. Regressa após o 25 de Abril de 1974.


Obras:

Contos da Sétima Esfera (Vega, 1981; 2' Ed. Caminho, 1990);

Casos do Beco das Sardinheiras (Vega, 1982; 2ª ed. Rolim, 1985; 3ª ed. Caminho, 1991);

O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (Vega, 1982 – Prémio Cidade de Lisboa);

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1ª e 2ª eds. Rolim, 1983, 1984; 3ª e 4ª eds. Caminho, 1992, 1994);

Fabulário (& ETC, 1984);

Contos Soltos (Quatro Elementos Editores 1986);

Era umo vez um Alferes (Rolim, 1ª e 2ª eds. 1984. 1985);

E se tivesse a bondade de me dizer porquê – Em parceria com Clara Pinto Correia, Rolim. 1986; 2ª ed., Relógio d' Água 1996;

A Paixão do Conde de Fróis (Rolim, 1986; Círculo de Leitores, 1987 – Prémio D. Dinis ex aequo; 3ª ed. Caminho, 1991) editado pela Gallimard, Paris, 1992, com o título Le Jeune Homme, La Forteresse et la Mort, tradução de Marie-Hélène Piwnik;

Os Alferes (Ed. Caminho, 1989; Círculo de Leitores, 1990) Gallimard Les Sous Lievtenents, tradução de M.H. Piwnik;

Quatrocentos mil sestércios... (Caminho, 1991) – Grande Prémio do Conto APE; Água em Pena de Pato (teatro, Caminho 1992);

Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (Caminho 1994) – Grande Prémio A.P.E. do Romance, 3ª Edição; Edição Brasileira: Contraponto, Rio de Janeiro 1995; Prémio Pegasus; Prémio Fernando Namora.

Era Bom que Trocássemos umas ideias sobre o Assunto – Romance 2ª ed. (Caminho, 1995); Fabulário – (Caminho, 1997);

Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (Caminho, 2003) – Prémio ITF

A Sala Magenta (Caminho, 2008)

08 março, 2008

This flower is a well-known Garden inhabitant. She symbolises “Divine Grace”, a most fortunate vibration. Here the plant is called “Grace” –due to her inner vibration- , scientifically she is known as Hibiscus mutabilus and commonly known as the confederate rose or cotton rose. This beautiful double hibiscus species has amazing flowers. The size of a full grown flower is 6 inches across. The flower blooms only for one day –in colder climates 2 days- and starts in the morning with a beautiful snow white colour and gradually changes into light-pink in midday and at the end of the day it has a purple pinkish flower (like cotton-candy).

Mês da FRANCOFONIA de 6 a 20 de Março

Andorra, Bélgica, Canadá, França, Luxemburgo, Marrocos, Roménia, Senegal, Suiça e Tunísia, celebram em Março a Francofonia com eventos culturais, tendo como prioridade o diálogo intercultural.

«Sur tous les continents, la rencontre fécondante de toutes les cultures» Abdou Diouf, Secretário-Geral da Organização Internacional da Francofonia – OIF

De 6 a 20 de Março a Festa da Francofonia estará presente um pouco por todo o país. Em Lisboa no Instituto Franco-Português (ver programa abaixo), no Porto e em Coimbra, e ainda em muitas escolas e universidades portuguesas com conferências, filmes, exposições e concursos dirigidos aos alunos e professores de francês.

O programa tem a sua maior extensão em Lisboa a partir do dia 7 de Março e até ao dia 19, encerrando com um passeio gastronómico. O Instituto Franco-Português é o epicentro mas haverá incursões noutros locais da cidade como o espaço Zé dos Bois e o Palácio das Necessidades.

Consultar o programa em: http://www.ifp-lisboa.com/

03 março, 2008

Maria Gabriela Llansol 1931-2008



A escritora Maria Gabriela Llansol, autora de «Lisboaleipzig», faleceu esta segunda-feira aos 76 anos, na sua casa em Sintra.

Maria Gabriela Llansol, de ascendência espanhola, é considerada uma das mais inovadoras escritoras da ficção portuguesa contemporânea.

Maria Gabriela Llansol nasceu em Campo de Ourique, a 24 de Novembro de 1931. Licenciou-se em Direito e em Ciências Pedagógicas e em 1965 exilou-se na Bélgica durante 20 anos. Foi neste país que escreveu aquela que é considerada uma das suas mais importantes obras: «O livro das Comunidades», de 1977.

Quando regressou a Portugal, nos anos 1980, foi viver para Sintra, onde por opção se isolou.

Entre as distinções contam-se, por duas vezes, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 1990 («Um beijo dado mais tarde») e em 2006 («Amigo e Amiga»).

Maria Gabriela Llansol dedicou-se ainda à tradução de autores como Rilke, Rimbaud, Baudelaire e Paul Éluard.


Além de «Amigo e Amiga», «Amar um Cão» é uma das mais recentes obras, que a Assírio & Alvim acaba de lançar, e que inclui desenhos de Augusto Joaquim, marido da escritora, recentemente falecido.

A obra de Maria Gabriela Llansol inspirou recentemente um espectáculo de dança e cinema, intitulado «Curso de Silêncio», uma criação conjunta do realizador Miguel Gonçalves Mendes e da coreógrafa Vera Mantero. Maria Gabriela Llansol deixa o seu espólio à Associação de Estudos Llansolianos, que desde 2006 tem estado a digitalizar e transcrever os cerca de 70 cadernos de diários e outros manuscritos escritos.

(Fotografia de Álvaro Rosendo)

in, TSF Online

01 março, 2008

Incitação à Fuga

tem os braços esticados, dorme
como as antigas bonecas de porcelana, os braços ancorados
em todos os ventos
todas as seivas escorrendo, dorme
os misteriosos olhos de vidro sempre abertos, perturbam
dorme a fingir o sono

num plano recuado do sonho erguem-se os brinquedos de areia
ele estica os braços, mas não consegue o abraço das margens do rio
talhado à faca
há sempre um rio no fundo de cada sonho
uma planície líquida por detrás de cada retrato
depois, ele feneceu ao anoitecer
porque é a essa hora que morrem as árvores, e surgem as dádivas
da água na carne dos cactos
refulgem corações escavados no cimento das casas

um cipreste entristecido sobe, perfuma o espaço com seu pólen
resplandecente
ele dorme, como um presságio os pássaros marítimos pressentiam-se
nas fendas do sono
na fuga cantante dosaquáticos pulsos.

Dispersos de Milfontes 1978/79, in O Medo - Al Berto